O que levou a escolher a Marinha Mercante?
Além de gostar de navegar na época em que era mais jovem, entrei na Marinha Mercante como Moço de Convés. Conheci o que era a instituição depois que fiz um curso de aquaviário na Capitania, vendo como essa profissão funcionava. Gostava do mar e de navegar e da vida marinheira. A questão salarial também foi essencial, uma vez que era de família humilde. Queria ajudar minha mãe e padrasto. Vi a possibilidade de ajudar meus familiares e dá uma vida melhor, de forma rápida. Tudo isso pesou na minha decisão. Se eu trabalhasse em escritório, com certeza não estaria feliz. Aí falei “não”, teria que ser a Marinha Mercante, que é uma vida de doação, que a gente tem que realmente gostar e ter muitas aspirações.
Fale-nos um pouco sua carreira desde o tempo de Escola?
Embarquei duas vezes como Moço de Convés. Foi quando conheci os Oficiais e os Praticantes. Todos perceberam que eu tinha o perfil e estudos para alcançar voos maiores, além de estar na idade para prestar concurso. Juntei dinheiro pra fazer cursinho. Graças a Marinha Mercante, consegui o dinheiro para estudar. Fiz a prova três vezes para a EFOMM, indo para o Rio, cursando no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA). Estive em uma empresa estatal, da qual tenho muito apreço, sendo meu primeiro emprego desde Moço. Fui de 2º Oficial de Náutica a Capitão de Cabotagem, exercendo a função de Imediato. Em 2021, já com duas filhas e por questões das incertezas nas rendições, pesou na minha saída da estatal e me transferi para o setor privado, com a finalidade de ter um pouco de qualidade de vida com a família, marcar eventos e datas comemorativas, ou seja, mais presente em casa. Naveguei numa empresa de contêiner, o que não era minha ideia sair de navio tanque, mas como Imediato aspirando ao Comando, foi essa empresa que surgiu vaga. Passei três anos na Log In. Também o regime ficou de muitas incertezas quanto ao período de embarque e desembarque. Busquei outro caminho posteriormente. Atualmente estou na empresa Posidônia, que é pioneira no sentido do regime 30×30 na Cabotagem.
Quais os navios que já Comandou?
Comandei quatro navios até o presente momento, sendo três full contêiner e um graneleiro. Iniciei o Comando no “Log Pantanal”, que tem cerca de 1800 TEU’s. Daí fui para o “Belmonte” de 2300 TEU’s e posteriormente para o “Endurance” de 2200 TEU’s. Atualmente estou no graneleiro com capacidade de 97 mil toneladas de porte bruto.
Quais as motivações para os mais jovens?
Dedicação à profissão. Estudos sérios durante o Período Escolar. Carreira com perseverança e honestidade. Respeito para com todos a bordo.
Capitão de Longo Curso Lucena recebe a Medalha de Mérito Marítimo.

No dia 23 de Abril, o Capitão de Longo Curso José Lucena da Rocha Neto foi agraciado com a Medalha de Mérito Marítimo.
A Cerimônia aconteceu das dependências da Capitania dos Portos do Ceará (CPCE), sendo entregue pelo Capitão de Mar e Guerra Bruno Emilião Pinto.
O colunista já teve o mérito de ter o CLC Lucena a bordo de sua embarcação, quando o mesmo exercia a função de Imediato, sendo um profissional do mais elevado gabarito e competência. Parabéns ao agraciado!
AIEB-Brasil conquistará o Título de Utilidade Pública Estadual no Rio de Janeiro.
A Associação Internacional dos Embaixadores da Paz no Brasil (AIEB-Brasil), após três anos com o Título Municipal de Duque de Caxias-RJ, receberá o Título Estadual pelos parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
A Associação lançará a Medalha de Mérito “Nelson Mandela” no ano de 2026, em evento que se realizará no Parlamento de Portugal.
Bravo Zulu para AIEB-Brasil.
Navegando.
A coluna parabeniza o agora Tenente-Coronel Juniel Costa Maciel pela promoção no último mês de Abril. O Oficial Superior da Polícia Militar do Estado do Pará não esqueceu seu amigo e enviou atencioso convite para a assunção. Agradecimentos. (RM).
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