Buscando aprimorar os estudos de licitação nos portos e diminuir os custos e impactos nas instalações portuárias brasileiras, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) iniciará o uso do Centro de Simulação de Manobras de Navios do Instituto Praticagem do Brasil.
No centro estão disponíveis dois simuladores, que têm padrão de segurança e tecnologia mundial. O equipamento facilita avaliações de projetos aquaviários e portuários, subsidiam a tomada de decisões dos formuladores de políticas públicas e auxiliam o treinamento dos práticos.
Para a Agência os benefícios também estão ligados à expansão dos arrendamentos nos portos públicos, à redução de custos, ao aprimoramento dos estudos e da viabilidade locacional para os TUPs, e à construção de dados para o setor.
Ao apresentar o simulador, o diretor da Praticagem do Brasil e conselheiro de administração do Instituto Praticagem do Brasil, Ricardo Falcão, explicou que “quem mora no entorno do porto não quer saber de acidente. O morador quer um porto 100% seguro, porque as fábricas – e consequentes empregos – dependem daquela instalação, seja para receber insumo ou para exportar alguma coisa”.
O uso do centro de simulação por parte da Antaq acontece no âmbito do protocolo de intenções, assinado em julho, entre a Agência e o instituto.
O centro é capaz de simular, com altíssima precisão, manobras de navios em diferentes condições ambientais, contribuindo para decisões mais seguras e eficientes. Além disso, é um dos equipamentos mais avançados do mundo nessa categoria.
Com quase 360 graus de cobertura visual, o simulador replica fielmente a resposta hidrodinâmica das embarcações e oferece todas as funcionalidades presentes nos navios reais. O ambiente controlado simula, inclusive, a colisão de embarcações e, quando isso acontece, o sistema para e reinicia.
A tecnologia permite ainda testar a viabilidade de operações portuárias em cenários extremos – como ventos fortes, correntes intensas e chuvas – com o objetivo de evitar encalhamentos, minimizar riscos operacionais e reduzir custos logísticos.
Com o avanço das manobras nos portos brasileiros e as inovações constantes, o centro de simulação reduz erros nas operações reais e melhora significativamente o preparo das equipes.
Além disso, garante mais segurança às operações e aproxima decisores públicos e privados da realidade marítima. Quando se projeta um novo terminal de uso privado, uma ampliação da poligonal de portos existentes, ou se identifica a necessidade de dragagem nos canais de acesso, a Marinha do Brasil, autoridades portuárias e práticos são convidados a participar das simulações para entender a nova realidade. Essa integração acelera a formulação de políticas públicas e aprimora a regulação do setor.
Com essa tecnologia, novas infraestruturas portuárias conseguem operar com mais eficiência desde o primeiro dia, atendendo aos mais elevados padrões de segurança, ambientais e comerciais.
Por Assessoria.
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