COLUNA DE DOMINGO (21/03/2021) – Pelo seu especial conteúdo publicamos na íntegra a mensagem recebida de bordo do NT “João Cândido” ao deixar o porto de Singapura

Prezado amigo Alyrio Sabbá

Finalmente iniciamos nossa viagem de retorno ao Brasil, após operar em dois Terminais (Helios e Vopak) no porto de Singapura, onde nos encontrávamos desde 17/02/2021, com 17 dias de longas estadas num dos lugares mais movimentados do mundo em relação a navios.
Conseguimos cumprir as determinações do Sistema Petrobras com êxito, descarregando quase 880 mil barris de LSFD “Low Suphur Fuel Oil”, que é um combustível para queima de motores dos navios tendo baixo teor de enxofre, regra da IMO obrigatória desde 2020 e que todos os armadores devem cumprir. O Brasil é um dos países produtores desse tipo de óleo e exporta para vários lugares, como Singapura e Estados Unidos.
Mais uma vez provamos que o marítimo brasileiro tem o seu valor dentro de nossa nação. Não perdemos para os demais tripulantes de outras nacionalidades no quesito profissionalismo. A Bandeira Brasileira deve sempre arvorar na popa dos nossos navios, com os nossos homens do mar formados nas duas escolas do Mar, Ciaba e Ciaga.
No dia 05 de março de 2021, iniciamos viagem de volta ao nosso país amado, mais precisamente com destino a Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde esperamos em breve estar em nossas casas, com nossos familiares, depois de ter cumprido mais esta árdua missão.

Como bem noticiou esta coluna ao sairmos de São Sebastião-SP, em meados de janeiro, nossa previsão de retorno seria no mês de Abril/2021. Dia 06 iremos chegar. As notícias de vossa coluna não erram nem nas previsões. Parabéns, continuamos leitores assíduos de vossos textos que têm compromissos com as verdades e as informações do nosso setor. Sou seu fã eternamente. Espelho para este Comandante.
Agradeço meu amigo e desejos bons ventos para o senhor e vossa família.
Ventos a favor, mares tranquilos e destino seguro.
Forte abraço e fique com Deus, meu grande amigo.
CLC Ricardo Monteiro, na foto com o colunista. (Luiz Celso).

Jovem presidente do SINDARPA uma grande revelação

O jovem armador e empresário Dr. Breno Dias, vem sendo uma grande revelação na presidência do SINDARPA – Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação no Estado do Pará, mantendo importantes contatos, inclusive na capital federal buscando sempre o melhor para a navegação fluvial, sempre aliado aos demais companheiros de sua Diretoria.
O SINDARPA, de grande tradição, com 70 anos de relevantes serviços, é sem favor nenhum o porto seguro das empresas seja de pequeno ou grande porte da área fluvial, por isso precisa ser mais prestigiado por todos.

Moderno Rebocador Azimutal em construção para a SULNORTE

A SULNORTE, hoje estabelecida também em Santarém em Vila do Conde, dentro em breve estará incorporando em nossa capital, um moderno Rebocador Azimutal que está sendo construído pelo mega estaleiro RIO MAGUARI, dentro das normas mais modernas da indústria naval, além dessa Unidade, futuramente outras serão construídas com interveniência financeira do Fundo de Marinha Mercante.
Como se sabe, a SULNORTE faz parte da lista dos melhores operadores portuários do Brasil, fazendo parte também do tradicional Grupo nordestino H.DANTAS, que já manteve linha regular de cabotagem para Belém inclusive.

Navegando

Como acontece todos os anos, pelo menos três importantes empresas genuinamente amazônidas, ainda no decorrer deste ano deverão participar também do transporte de grãos na rota do porto de Vila do Conde, cruzando os Estreitos de Breves, através de grandes comboios fluviais. Eu volto depois ao assunto.

Considerando a situação da Marinha Mercante Brasileira, a EFOMM do CIABA – Centro de Instrução “Almirante Braz de Aguiar”, recebeu o menor número de toda sua história de jovens para os cursos de Náutica e de Máquinas, entre eles alguns estrangeiros vindos da África, como acontece todos os anos.

Muita gente não sabe, mas a ENASA, antes de ser estadualizada, realizou uma inédita operação de norte e nordeste, que foi a JUMBORIZAÇÃO de um Navio-Lameiro da Camargo Correa S/A., que operou quando da construção da hidrelétrica de Tucuruí, tendo como engenheiro-responsável o bom caráter Dr. Victório Egashira.

Nunca mais foi construído um navio fluvial convencional de cargas e passageiros em Belém, os últimos foram pelo estaleiro ETN, que encerrou suas atividades, depois de ter realizado uma série de outras construções, inclusive navios-petroleiros de médio porte de cabotagem, por sinal muito elogiados.

BEIRA DO CAIS

O novo presidente da nossa SOAMAR, o armador-empresário Dr. Relton Oswaldo Pinto conta com um serviço de alto nível na Diretoria dessa importante entidade, que é conhecida como braço fluvial da nossa gloriosa marinha.

Esta vai para quem interessar possa, o nosso saudoso amigo armador amazonense Waldemiro Peres Lustoza, sempre me dizia que “OS INGRATOS TÊM PELO MENOS UMA QUALIDADE. DEPOIS DE SERVIDOS… ELES DESAPARECEM.”

Muita gente não sabe, mas o atual Diretor-Presidente da CDP-Companhia Docas do Pará, veio de Brasília com carta branca para dirigir a empresa. Inclusive não é dado a atender convites para eventos no setor.

Sem favor nenhum, o cedepeano Dr. Raul Ramos Moreira foi um grande Presidente da nossa SOAMAR, inclusive foi o grande orientador da Delegacia de Santarém, hoje a mais dinâmica SOAMAR interiorana.

Isto é verdade. Infelizmente tem portadores de importantes comendas da Marinha que receberam somente para enriquecer seus currículos. Não prestigiam os eventos da nossa Armada. Um absurdo! Triste.

O Terminal de Cargas e Passageiros do Grupo CELTE passou por uma completa repaginação, oferecendo melhor conforto e absoluta segurança para os seus usuários, que também fazem a travessia Arapari.

Existe comentários na “Beira do Cais” dando conta de que ainda no decorrer deste ano um outro grande Grupo multinacional deverá se estabelecer nas proximidades do porto de Santarém. Depois eu volto ao assunto.

Nos bons tempos do camarão rosa, o número de barcos camaroeiros era muito grande, tanto assim que o Pará chegou a ser o maior exportador do Brasil da espécie, com grandes empresas operando, principalmente na nossa região. Tinha barco que chegava a trazer do alto-mar mais de 20 toneladas. (AS.)