Polícia Militar do Amazonas enfrenta piratas em águas dominadas pelo crime na floresta amazônica.

A Polícia Militar do Amazonas realizou uma grande operação de patrulhamento nos rios Negro e Solimões, focada no combate a piratas fluviais e outras atividades criminosas, como tráfico de drogas e exploração ilegal. As equipes altamente treinadas, munidas de armamento pesado, abordaram embarcações suspeitas em busca de contrabandistas e criminosos. A informação foi divulgada pelo programa “Linha de Combate”, que acompanhou a missão especial e registrou a intensa movimentação dos agentes na região.
Durante a operação, os policiais abordaram diversas embarcações, incluindo empurradores e balsas transportando combustível, um dos alvos mais cobiçados por grupos criminosos. O patrulhamento ocorreu em meio a grande tensão, pois há um risco constante de confronto com piratas armados que costumam atacar navios e barcos comerciais. As forças de segurança adotaram procedimentos rigorosos de revista e checagem de documentos para identificar possíveis irregularidades.

Abordagens revelam tensão e possíveis crimes escondidos

Em uma das abordagens, os militares encontraram tripulantes suspeitos que alegaram estar realizando apenas testes na embarcação. Os policiais revistaram os camarotes e conferiram as cargas, que incluíam açúcar e madeira compensada. A ação minuciosa se justificava pelo histórico da região, onde criminosos frequentemente utilizam o transporte fluvial para movimentar armas, drogas e até mesmo praticar tráfico humano.
Outro ponto de atenção foi a possibilidade de exploração sexual e tráfico de mulheres em barcos da região. Durante as vistorias, os agentes checaram cuidadosamente os espaços das embarcações e conversaram com os tripulantes para coletar informações sobre possíveis vítimas. Em algumas dessas ações, menores de idade foram identificados, levantando preocupações sobre a vulnerabilidade de crianças e adolescentes em meio às atividades criminosas nos rios amazônicos.

Lancha fantasma e perseguição policial no Rio Negro

A operação ganhou contornos ainda mais tensos quando os militares identificaram uma “lancha fantasma”, embarcação veloz e difícil de detectar devido ao reflexo da água. O barco suspeito chegou a cruzar com a patrulha policial sem ser percebido de imediato. Quando avistada, a equipe da Polícia Militar iniciou uma perseguição e ordenou que os ocupantes desligassem o motor e erguessem as mãos.
A lancha foi cercada e os tripulantes foram revistados. Questionados sobre sua rota, apresentaram informações contraditórias, o que aumentou as suspeitas dos agentes. O local onde estavam sentados foi inspecionado, pois esse tipo de embarcação costuma esconder drogas e outros ilícitos no assoalho. Apesar da falta de provas concretas no momento da abordagem, a história dos ocupantes gerou dúvidas, e a Polícia Militar seguiu monitorando a situação.

Policiamento intensivo e risco constante nos rios da Amazônia

Os agentes que atuam na patrulha fluvial enfrentam desafios extremos, lidando com longas jornadas de trabalho sob calor intenso e em um ambiente hostil. As operações duram entre seis e oito horas, mas a demanda por policiamento constante faz com que o trabalho se estenda por muito mais tempo. Além do Rio Negro e do Solimões, outros pontos estratégicos da Amazônia são patrulhados para coibir crimes e garantir a segurança da navegação.
O patrulhamento também se estende aos pequenos canais e igarapés da região, locais frequentemente utilizados por criminosos para escapar das autoridades. Nessas áreas, as abordagens são ainda mais difíceis devido ao espaço reduzido das embarcações. Mesmo diante dos desafios, a Polícia Militar do Amazonas segue intensificando as operações para evitar que os rios da região se tornem um corredor livre para atividades ilícitas.

Por Portal da Navegação, via Assessoria.