Com alteração na profundidade máxima que uma embarcação pode alcançar, Amapá passará a receber navios de capacidade de até 80 mil toneladas, o que pode resultar na instalação de portos chineses na região.
Douglas Lima
O diretor institucional de praticagem no Brasil, vice presidente da Associação Internacional de Práticos e diretor de praticagem que atua na bacia do Rio Amazonas, Ricardo Falcão, prevê instalação de portos chineses na Amazônia, caso ocorra o aumento do calado na região.
Ricardo falou de Brasília, por telefone, ao programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9) que com o aumento do calado na região, a Bacia do Amazonas poderá receber embarcações que comportam até 80 mil toneladas, o que despertaria o interesse principalmente dos chineses interessados nos grãos que são produzidos na região. Atualmente, o porto, em Santana, recebe navios de até 60 mil toneladas, já portos como o de Santos já recebem de 80 mil.

“O aumento do calado operacional traz mais profundidade e garante a entrada de navios maiores, e traz uma esperança de crescer mais um metro. Os testes já ocorrem, cada vez mais; a cada cinco navios aumenta cinco centímetros. Com um metro a mais a China instalará portos na Amazônia pela primeira vez; mais um mercado para o mundo inteiro”, explicou Ricardo.
Explicando a atuação dos práticos, o diretor disse que este profissional atua para que não ocorra nenhum encalhe, e em casos de irregularidades na embarcação, são a ponte de informação com a Marinha e a Polícia Federal. “São critérios internacionais, ocorrem em qualquer lugar no mundo. A Bacia da Amazonia é a maior região de praticagem do mundo. Estamos sempre monitorando as atividades aqui. Mesmo com as secas recentes, nenhuma carga foi perdida”, concluiu.
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