Bordalo cobra celeridade nas investigações sobre o naufrágio da embarcação Ana Clara II no Marajó.

De autoria do deputado Bordalo (PT), apresentada na terça-feira (08) na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), a moção nº 207/2025 que solicita ao Governo do Estado celeridade nas investigações das causas do naufrágio da embarcação Ana Clara II, ocorrido no Rio Paracauary entre os municípios de Soure e Salvaterra.

A proposição foi encaminhada por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP) e da Polícia Civil para que se encontre respostas sobre o ocorrido na última sexta-feira (04/04), com cerca de 60 passageiros a bordo.

A moção também propõe o cumprimento imediato das recomendações da Comissão de Estudos sobre o Transporte Fluvial de Passageiros, instalada na ALEPA em 2023, visando aprimorar a fiscalização e a segurança do transporte hidroviário no Estado do Pará.

O naufrágio da embarcação Ana Clara II trouxe à tona mais uma vez a precariedade e os riscos enfrentados pelas populações que dependem do transporte fluvial no arquipélago do Marajó.   O acidente reacende o debate sobre a atuação de embarcações clandestinas e o descaso das autoridades com a segurança da navegação no interior.

Em 2023, a Comissão de Estudos sobre o Transporte Fluvial de Passageiros emitiu recomendações para aprimorar a segurança e a fiscalização no setor. O deputado Bordalo alerta que essas medidas ainda não foram implementadas, mesmo após o naufrágio da embarcação Dona Lourdes II, em 2022.

“O descaso com o transporte fluvial no Estado do Pará precisa ser urgentemente combatido. As populações ribeirinhas e marajoaras dependem exclusivamente dessa modalidade de transporte para acessar serviços essenciais, e a negligência das autoridades públicas com a segurança desses cidadãos não pode continuar. Exigimos ações imediatas para garantir que o transporte hidroviário seja seguro, eficiente e regulado, conforme as necessidades da população.”, reforça o deputado Bordalo 

Ele ainda diz que a tragédia recente envolvendo a embarcação é um reflexo claro dessa falha sistêmica, e não podemos mais permitir que vidas sejam perdidas por falta de medidas concretas e eficazes. A população paraense não pode continuar sendo tratada com tamanho desrespeito e descaso. 

A moção foi encaminhada ao conhecimento do Gabinete do Governador do Estado do Pará, da Polícia Civil, da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transporte do Estado do Pará – ARTRAN, do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, da Defesa Civil de Belém, das Prefeituras e Câmaras Municipais de todos os municípios do Arquipélago do Marajó e do Ministério Público do Estado do Pará – MPPA.

Reportagem: Thais Peniche e Edição: Carlos Bordalo