Os rios são estradas naturais para transporte de pessoas e cargas na Amazônia.
Manaus (AM) – O Decreto nº 12.600/2025, assinado pelo presidente Lula (PT) na última quinta-feira (28), inclui três importantes hidrovias federais no Programa Nacional de Desestatização (PND): a do Rio Madeira, a do Rio Tocantins e a do Rio Tapajós. A medida abre caminho para que a gestão desses trechos seja transferida à iniciativa privada.
Na Amazônia, onde os rios são estradas naturais para transporte de pessoas e cargas, a decisão tem gerado preocupação. Críticos alertam que a privatização pode aumentar tarifas, dificultando o deslocamento de ribeirinhos e pequenos produtores, que dependem das hidrovias para acessar serviços básicos, vender mercadorias e se conectar com centros urbanos.
Outro ponto sensível é o risco de que o setor privado priorize apenas os trechos mais lucrativos, deixando de lado comunidades isoladas, que já enfrentam precariedade no transporte fluvial. Os rios são, na maioria das vezes, a única via de acesso em muitos municípios amazônicos. Se houver cobrança maior de pedágios aquaviários ou aumento de taxas portuárias, a população mais pobre será a mais afetada.
O decreto também levanta questionamentos sobre os impactos sociais e ambientais. Especialistas lembram que a pressão por maior movimentação de cargas pode resultar em obras de dragagem e alteração do curso natural dos rios, aumentando riscos para comunidades ribeirinhas e para a biodiversidade da região.

Por Portal da Navegação, via Assessoria.
Notícias relacionadas
-
Os 5 maiores rios do Brasil e suas histórias surpreendentes.
-
NAVEGAÇÃO EM FOCO – Governo Federal quer mais Hidrovias na Amazônia.
-
CONVÉS PRINCIPAL – Cerimônia em Memória aos Mortos da Marinha em Guerra.
-
ORVAM promove evento de apoio a vítimas de escalpelamento.
-
Falta menos de um mês para o Portos & Costas Brasil 2025, um dos eventos técnicos setorizados mais importantes do país.