Porto do Pecém consolida sua operação com navios cargueiros de grande porte.

 Marcelo Cabral

Porto do Pecém vem numa evolução ascendente quando o assunto é logística internacional. Em agosto de 2024 o terminal cearense entrou para a história ao receber o MSC Jewel, o maior navio de sua trajetória. Com impressionantes 366 metros de comprimento e 15,3 metros de calado, a embarcação movimentou cerca de 1.600 contêineres em uma operação marcada pela cooperação entre autoridades portuárias, marítimas e a Praticagem do Ceará.

Mais do que um marco simbólico, aquela escala demonstrou a relevância ambiental de navios de grande porte, que emitem menos CO² por tonelada transportada. Um ano depois, o que antes era recorde transforma-se em padrão. A validação da Praticagem para a manobra de giro na bacia de evolução e a publicação da Portaria nº 30/2025 CPCE-MB, da Capitania dos Portos do Ceará, ampliaram a flexibilidade para receber embarcações de grande porte.

Aliado à sua posição geográfica estratégica, a poucos dias de navegação da Europa e Estados Unidos, essa capacidade de movimentação dos gigantes Post-Panamax, é mais um diferencial significativo do porto cearense. “A nova regulamentação é um passo crucial para trazer mais agilidade operacional em Pecém, impulsionando a competitividade do terminal e a fluidez das operações de importação e exportação”, afirma Daniel Rose, diretor-presidente da APM Terminals Pecém e Suape.

Segurança e sustentabilidade em primeiro plano

A Praticagem do Ceará mantém como princípios fundamentais a segurança da navegação, proteção da vida humana e a preservação ambiental. O avanço nas operações com navios de até 366 metros resulta de um rigoroso processo de simulações, análises técnicas e experiência prática, discutido de forma integrada com a Capitania dos Portos e o Complexo do Pecém.

Esse novo patamar consolida o Porto do Pecém como um terminal que alia eficiência operacional e compromisso ambiental. A recepção de embarcações maiores representa não apenas ganhos logísticos, mas também uma contribuição direta para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) por tonelada transportada, em sintonia com as metas globais de sustentabilidade.

Por Assessoria.