De janeiro a julho, os portos da Amazônia movimentaram 19,9 milhões de toneladas de grãos, segundo a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). O Rio Amazonas foi o principal corredor, com 10,26 milhões de toneladas, seguido pelos rios Pará (4,65 milhões), Tocantins (4,59 milhões) e Tapajós (430,1 mil).
Os embarques se concentraram nos portos de Vila do Conde (PA), que liderou com 3,94 milhões de toneladas, Barcarena (PA), Hermasa (AM), Santarém (PA) e Novo Remanso (AM). Essa movimentação reforça o papel estratégico do Arco Norte, que em 2024 respondeu por 34,8% das exportações de soja e 46% das de milho, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Os volumes mostram que as hidrovias brasileiras têm protagonismo na logística do agronegócio e se firmam como corredores fundamentais para o escoamento da produção de soja e milho. Com origem principalmente no Centro-Oeste, os grãos seguem pelos rios até os portos do Arco Norte, reduzindo custos, encurtando distâncias e ampliando a competitividade do país no mercado global.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que a navegação interior é central na modernização da logística nacional. “Temos investido em dragagens, derrocamentos e integração para transformar os rios em protagonistas da exportação de grãos. Isso garante competitividade e previsibilidade”, afirmou.
A China permanece como principal destino das exportações, com 7,49 milhões de toneladas até julho, seguida por Espanha, Turquia, Argélia e México.
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