

Foi realizada na tarde de ontem, na Base Aérea de Belém, a solenidade de Formatura de Apronto Operacional do Comando Operacional Conjunto Norte Marajoara. A cerimônia foi presidida pelo General de Exército Vendramin, Comandante Militar do Norte e Comandante do referido Comando Conjunto.
A Operação Marajoara 2025 consiste no emprego das Forças Armadas com o objetivo de contribuir para a segurança das atividades relacionadas à COP 30, no período de 2 a 23 de novembro de 2025, sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e patrocínio do Ministério da Defesa.
Trata-se de uma operação de grande vulto, marcada por um alto grau de interoperabilidade entre a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira, envolvendo um efetivo de 7.500 militares, mais de 500 viaturas — incluindo blindados e motocicletas —, além de 3 helicópteros, 30 embarcações, 13 navios, 3 aeronaves de asa fixa, 16 drones, 4 sistemas antidrones e 4 radares SABER M60.
As ações do Comando Conjunto Marajoara permitem o emprego das capacidades estratégicas de cada Força Armada em um ambiente conjunto e multidomínio, abrangendo os domínios terrestre, aéreo, marítimo, cibernético, espacial e eletromagnético.
O raio precisa mais uma vez cair no mesmo lugar.

Depois da brilhante participação do Paysandu no início dos anos 2000 — campeão brasileiro da Série B, campeão do Norte, campeão da Copa dos Campeões e três temporadas seguidas na Série A entre 2001 e 2005 — o clube chegou ao fundo do poço em 2008, quando ficou sem série no futebol brasileiro. Em 2007, atolado em dívidas, Miguel Pinho e Ricardo Rezende assumiram o clube, mas não conseguiram estancar a crise: o Paysandu foi apenas o quarto colocado no Parazão e somou um único ponto na Série C, perdendo, por consequência, o direito à participação nacional no ano seguinte.
Em 2008, quando ninguém mais se via em condições de assumir a presidência, o colunista Luiz Omar Pinheiro foi chamado para resgatar o clube. A chave havia sido literalmente jogada sobre a mesa da sede — e Luiz Omar a pegou. Por cinco anos, conduziu o Paysandu: conquistou o acesso à Série C ainda em 2008, com o célebre gol do querido Zé Augusto; foi bicampeão paraense em 2009 e 2010; e, por fim, reconduziu o clube à Série B em 2012. Tudo isso enquanto enfrentava anos de receita exígua, dívidas estratosféricas e forte pressão de bastidores — ainda assim, deixou o clube com a cota da Série B assegurada para 2013 e a maior parte dos passivos saneados.
Passados 13 anos, o Paysandu volta a flertar com o abismo: vive agora uma campanha desastrosa na Série B e está por um fio de sofrer mais um rebaixamento — o terceiro de sua história — sob o comando de um mesmo grupo dirigente que se mostra, mais uma vez, amador, irresponsável e descomprometido com a grandeza do clube. O cenário é grave — esportiva e financeiramente — e ainda mais doloroso diante do momento positivo vivido pelo rival Remo.
A verdade, incômoda, é que o Paysandu volta a depender de que “um raio caia no mesmo lugar”: que surja, novamente, alguém disposto a enfrentar a tempestade, reorganizar a casa e recolocar o clube nos trilhos — como foi feito, com coragem e competência, em 2008. Se isso não acontecer, o futuro próximo será ainda mais duro do que o passado recente.
MARES & RIOS
CESTA BÁSICA – A cesta básica do paraense, segundo cálculos do Dieese, está orçada em R$ 672,84 — quase a metade do salário mínimo de R$ 1.518. Houve recuo nos preços de 12 produtos, inclusive o café, que, apesar disso, continua com valor elevado. Segundo o supervisor técnico do órgão, Everson Costa, alimentos essenciais como arroz, feijão, óleo, ovos e macarrão estão em queda, o que pode aliviar o bolso da classe assalariada. A conferir.
MEDALHA – O diretor da Agência Nacional de Mineração, José Fernando Gomes Júnior, foi agraciado com a medalha COP 30 pela Universidade da Amazônia, durante o Congresso Internacional promovido pela instituição para debater questões sociais e ambientais — áreas em que o homenageado tem prestado grandes contribuições. Fernando será o representante da ANM como embaixador na Conferência do Clima da ONU, em novembro, em Belém.
BIOCOMBUSTÍVEIS – A Agência Internacional de Energia Renovável, que estará presente na reunião da Cúpula Climática Global na próxima semana em Belém — como pré-abertura da COP 30 — pretende reiterar a urgência da produção e uso de biocombustíveis, com a meta de multiplicar por quatro sua produção até 2035, abandonando gradualmente os combustíveis fósseis. O biocombustível de aviação está entre as prioridades, diante da alta emissão de CO² do setor aéreo.
Por outro lado, grandes petroleiras como a Shell estão abandonando seus projetos de biocombustíveis por considerarem-nos pouco competitivos no mercado internacional, conforme aponta a Associação dos Engenheiros da Petrobras. A BP também cancelou os planos de instalação de refinarias de biocombustíveis em sua sede de Roterdã, na Holanda — o que é visto como um forte revés para os esforços da Europa na contenção do aquecimento global. A questão dos biocombustíveis e das energias renováveis — como hidrelétricas, solares e eólicas — estará no centro dos debates da COP 30, consideradas as melhores alternativas para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5°C.

INAUGURAÇÃO – Logo mais, no Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, ocorrerá a cerimônia de inauguração da Sala de Monitoramento Integrado do Censipam. A nova estrutura reforçará as ações de vigilância na região amazônica e dará suporte às operações da COP 30. Os convidados serão recepcionados por Jean Carlos, gerente regional do Censipam, e pelo coronel R-1 Bernardino Simões, analista em meteorologia.
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