Segundo o SINDMAR, o mercado de trabalho marítimo no Brasil passa pelo pior período dos últimos 20 anos. O alto índice de desemprego no setor é, em grande parte, decorrente da iniciativa dos armadores de convencer a Marinha do Brasil de que ocorreria um “apagão” de mão de obra marítima em águas nacionais a partir de 2015, utilizando para isso projeções infundadas. Muito embora o Sindmar tenha provado que havia equilíbrio no mercado de trabalho, com base em estudos que apontavam nesse sentido, a Marinha do Brasil seguiu formando oficiais mercantes em número extremamente alto, introduzindo no mercado de trabalho centenas de novos oficiais que continuam buscando, sem sucesso, oportunidades de embarque, alguns por mais de quatro anos. É difícil explicar e mais ainda aceitar que em lugar de assegurar postos de trabalho para seus nacionais, a opção escolhida para nortear um programa de incentivo à cabotagem nacional possa privilegiar a oportunidade de lucros ainda maiores para armadores de apetite insaciável que desejam empregar trabalhadores estrangeiros de países de baixo custo, desconsiderando os anseios de milhares de brasileiros que almejam trabalhar nas águas de seu próprio país. (Foto de um mercante)
Aumenta o assoreamento na área que dá acesso ao Terminal de Miramar
Os Práticos da Barra, profissionais portadores do mais elevado adestramento, mesmo assim, já estão encontrando certa dificuldade para realização das manobras de atracação e desatracação envolvendo o Terminal Petroquímico de Miramar, de propriedade da CDP – Companhia Docas do Pará, tudo em função do assoreamento, se fazendo necessária uma urgente dragagem na área próxima ao mesmo.
A bacia de manobras do porto de Belém, também há bastante tempo está necessitando, para continuar recebendo os navios de grande porte, de uma dragagem, porque ainda vão restar comercialmente os armazéns 11 e 12. Neste último operam os navios que abastecem de trigo a nossa capital.
Governo Federal poderia no momento ajudar o setor fluvial também
Já que o Governo Federal vem proporcionando ajuda financeira para diversos segmentos, seria também muito oportuno que o setor aquaviário fosse também contemplado, considerando que a navegação fluvial na Amazônia, onde os rios são as estradas naturais, paralisou na sua grande maioria nesses últimos seis meses, tudo em função da Covid-19.
Com certeza, isto teria maiores possibilidades se as Bancadas do Pará, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre, juntas, defendessem essa ajuda. Todos esses Estados são atendidos através dos rios. Fica aí a nossa modesta sugestão.
Ainda a extinção da CODOMAR – Companhia Docas do Maranhão
Com a extinção inesperada oficialmente da CODOMAR – Companhia Docas do Maranhão, aumentaram os boatos em volta do porto de Itaqui, hoje administrada pelo Governo do Estado do Maranhão, através da EMAP – Empresa Maranhense de Administração Portuária, cujo porto, conforme já informamos anteriormente, hoje está na lista dos mais movimentados do Brasil. Isto comenta-se em função do ambiente nada cordial entre o Presidente Jair Bolsonaro e o atual Governador do Maranhão, Flávio Dino. De qualquer maneira, resta aguardar os acontecimentos, porque… em política tudo pode acontecer.
MARESIAS
Nossa boa amiga Comandante CLC Hildelene Lobato, licenciada da Transpetro, já deu partida a sua campanha para chegar à Câmara Municipal de Belém. Nascida e criada na Vila Sorriso, Icoaraci, tem tudo para ser eleita. Eu acredito.
As empresas Aliança Navegação e Mercosul Line, lideram o transporte de contêineres, isso na rota da cabotagem até Manaus. A primeira, como já informamos, faz a escala regular no porto de Vila do Conde, operando no Tecon/Convicon.
O Grupo Atlântica Matapi vem realizando ultimamente importantes operações no Sistema Ship-To-Ship, inclusive na Ilha do Outeiro, onde funciona o Terminal Sotave. Esse Grupo tem uma excelente equipe, que vem consignando muitos elogios.
A atual Diretoria da CDP-Companhia Docas do Pará, vem tomando uma série de providências, todas elas sem qualquer intenção de prejudicar seus servidores. Tudo vem sendo feito dentro das recomendações do Ministério da Infraestrutura.
A HENVIL continua consignando os melhores elogios, tudo em função da regularidade dos seus horários na rota do Marajó. Essa empresa, por sinal, como já informamos, opera o maior ferry-boat do Brasil, com mais de 1.000 passageiros.
O colunista tem bons amigos no Tribunal Superior Militar, entre outros o seu presidente Almirante de esquadra Marcus Vinicius, que por duas vezes serviu em Belém. A primeira quando o Capitão-de-Mar e Guerra e, a segunda, como Vice-Almirante.
As empresas de navegação fluvial de Belém, ou melhor, do Pará, precisão prestigiar ao máximo possível o SINDARPA, verdadeiro representante da armação fluvial, com cerca de 70 anos de relevantes serviços prestados ao setor.
Muito significativo o expediente enviado ao colunista e publicado no último domingo na nossa coluna de “O Liberal”, enviado pelo Comandante CLC Darlei Pinheiro, Delegado do SINDMAR em Belém e grande expressão da Marinha Mercante Brasileira.
Hoje a boa notícia também é que a FENAVEGA – Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária, anunciou que vai defender junto ao Governo Federal o “Programa BR dos RIOS”. Muito bom para Amazônia, “onde os rios são as estradas naturais”. (AS).
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