Autoridade da Marinha goza de grande prestígio na capital paraense por tudo de bom que realizou como Comandante do 4º DN

O Almirante-de-Esquadra Alípio Jorge Rodrigues da Silva, hoje no exercício da importante função de Comandante de Operações Navais da Marinha do Brasil- CON, quando no exercício de Comandante do 4º Distrito Naval, ainda vice-almirante, sempre manteve um relacionamento muito especial com todas as entidades ligadas ao setor fluvial e seus dirigentes, tanto empresarial como de trabalhadores, sendo por isto, inclusive, muito estimado em nossa capital e nas demais que fazem parte da jurisdição deste Distrito Naval.
A foto do arquivo da coluna lembra quando o Almirante Alípio Jorge concedia ao líder sindical Rodolpho Nóbrega, presidente da Federação dos Trabalhadores Marítimos e Fluviais dos Estados do Pará e Amapá, a Medalha, com o Diploma de Amigo da Marinha.

Navios porta-contêineres na rota de Manaus atingiram o setor rodofluvial

Lamentavelmente, a crise em 2020 atingiu também o setor aquaviário na Amazônia, mesmo sendo os rios as estradas naturais, empresas de navegação e estaleiros foram obrigados a encerrar suas atividades, causando com isto maior desemprego no setor.
Conforme já comentamos anteriormente, a entrada dos navios porta-contêineres que fazem a rota de cabotagem, atingiu seriamente o sistema rodofluvial que era praticado pelas empresas fluviais, na condução de produtos da Zona Franca de Manaus para São Paulo. O pior é que os navios que fazem agora esse transporte são de capital estrangeiro. Mas com uma vantagem, o percurso é feito em menor tempo.

Terminal onde funcionou o Galpão Mosqueiro e Soure

Considerando a pouca movimentação registrada no Terminal, onde por longos anos funcionou o Galpão Mosqueiro e Soure, ao lado do Armazém nº 1 da CDP, em frente ao Portão de Entrada para a Estação das Docas, bem que o mesmo poderia ser liberado para embarcações de pequeno porte procedentes de Barcarena e de outros municípios próximos à capital que na sua grande maioria transportam ribeirinhos, com retorno no mesmo dia. Fica a sugestão mais uma vez a quem de direito.

SINPESCA é o grande responsável pelo abastecimento de peixe da melhor qualidade

Hoje os elogios da coluna vão para o SINPESCA, que mesmo enfrentando os problemas que envolvem todos os segmentos, que também são ligados às águas, com a violência da Covid-19, manteve a praça de Belém abastecida de peixes da melhor qualidade, um trabalho, por sinal, muito elogiado do empresário Apoliano Nascimento, aliado a toda diretoria dessa entidade, que reúne as empresas de pesca da nossa capital, o que deverá se repetir neste 2021.
Agora com o fim do defeso, os barcos camaroeiros estão seguindo para o alto mar, uma outra grande jornada, que tem também a organização SINPESCA, muito tem contribuído para o desenvolvimento do nosso Estado, exportando e trazendo divisas para o Brasil.

LUXO NO FUNDO – Mais de meio século que naufragou no rio Paracauari um luxuoso navio

O navio fluvial de passageiros mais luxuoso que já operou na Amazônia, o “Presidente Vargas”, construído em Amsterdã, na Holanda, para os SNAPP/ENASA, encontra-se no fundo do rio Paracauari em frente ao Trapiche Municipal de Soure, onde misteriosamente naufragou logo após desembarcar mais de 500 pessoas, entre passageiros e tripulação, isto há mais de meio século. Todos os recursos foram aplicados para a sua reflutuação, até técnicos americanos foram convocados, que utilizaram toneladas de isopor, mas, infelizmente, não chegaram a bom termo, lá continua a referida embarcação. Quem sabe, informa para quem não sabe…

MARESIAS

O bom caráter Prático da ZP-1 (Rio Amazonas) Ricardo Augusto Leite Falcão, além de atual presidente do CONAPRA – Conselho Nacional de Praticagem, é também vice-presidente da IMPA, entidade internacional.

Três paraenses que brilham na Marinha Mercante Brasileira: Álvaro Almeida, Darlei Pinheiro e Ricardo Monteiro, internacionalmente conhecidos. Além deles, no bojo, uma mulher: trata-se de Hildelene Lobato.

Os estados do Pará, Maranhão, Ceará, Amazonas e Pernambuco, já tiveram suas empresas de cabotagem e longo curso nos bons tempos. A Frota Amazônica S/A, CONAN, Cassimiro Filho, Netumar e Brasilmar. Hoje, lamentavelmente, nenhuma delas existe.

Uma grande potência ligada ao setor, com sede em Belém, é hoje o SINDAMPA – Sindicato das Agências Marítimas, com jurisdição nos Estados do Pará, Amapá e Amazonas, por sinal gosando de grande conceito junto às Autoridades da nossa Marinha.

Graças a sua extraordinária organização, o Grupo Santos Brasil, maior Operador Portuário do Brasil, presente em Vila do Conde através do TECON/CONVICON, e ao dinamismo dos seus dirigentes, superou sua movimentação em 2020.

Por pouco o Grupo REICON não iniciou a exportação de pirarucu da melhor qualidade, produzido na Mexiana, ainda pelo saudoso e querido amigo Luiz Rebelo Neto. Embalagens personalizadas chegaram a ser encomendadas em São Paulo. Mas isto ainda vai acontecer. Anotem…

Quem sabe, informa para quem não sabe. A operação flutuação do navio-boiadeiro “HAIDAR”, naufragado no porto de Vila do Conde, nada tem a ver com a atual administração da CDP. O movimento para que isso acontecesse foi feito pela administração anterior.

Nos bons tempos do Camarão Rosa, tinha Barco Camaroeiro que em menos de 30 dias em alto-mar retornava a Belém com 20 toneladas da espécie. Os Patrões de Pesca (Comandantes) eram, inclusive, premiados pela empresa.

A Batalha vai continuar, inclusive com o apoio da FENAVEGA, para a criação da prometida Polícia Hidroviária Federal, órgão que também será de extraordinária importância para a Amazônia, onde os rios são as estradas naturais, com diversos deles fazendo fronteira com outros países. (AS).