Pela primeira vez, Marinha do Brasil assume o Comando da CTF 151.

Marinha do Brasil assume Comando da Combined Task Force (CTF) 151

A cerimônia de posse aconteceu na Combined Maritime Forces (Forças Marítimas Combinadas, em tradução livre). A Marinha do Brasil assumiu o Comando da Combined Task Force (CTF) 151, Força-Tarefa multinacional que atua em uma área que abrange o Mar da Arábia, Golfo de Omã, Golfo de Áden, costa da Somália e sul do Mar Vermelho Esta.
É a primeira vez que a Marinha do Brasil assume o Comando da CTF 151, com o Brasil sendo o primeiro país sul-americano a ocupar papel de destaque nessa parceria marítima multinacional, que promove segurança, estabilidade e prosperidade em aproximadamente 3,2 milhões de milhas quadradas de águas internacionais, as quais abrangem algumas das rotas marítimas mais importantes do mundo.
As principais áreas de atuação estão no combate ao narcotráfico e contrabando, supressão da pirataria, incentivo à cooperação regional e, quando solicitados, responderão a incidentes ambientais e humanitários.
O Contra-Almirante André Luiz Andrade Felix assumiu o Comando da CTF 151 do Comodoro Abdul Munib, da Marinha do Paquistão, em um mandato a ser exercido de junho a novembro deste ano.

RECORDARÉVIVER – Naufrágio do navio Presidente Vargas completou 50 anos este mês.

Registro do luxuoso navio “Presidente Vargas”, o “Titanic da Amazônia”, que naufragou há 50 anos.

Era 4 de junho de 1972, nove e meia da noite. O navio “Presidente Vargas”, da Frota Branca da Enasa, estava sob o comando do Oficial de Náutica, Alberto da Costa e naufragou no Rio Paracauari, no trapiche de Soure, no arquipélago do Marajó. O acidente aconteceu quando quando o navio estava em manobra de atracação e o eixo propulsor do motor de bombordo foi deslocado, causando uma infiltração incontrolável que inundou a praça de máquinas e o convés principal. A tripulação fez uma amarração emergencial, garantiu o desembarque dos passageiros e evitou um acidente com proporções ainda maiores.
Várias tentativas de reflutuação foram feitas, com investimento altíssimo, na época. Quando o navio adernou, os mastros ficaram presos no barranco. Com a ajuda de uma pequena bolsa de ar, foi possível deixar o casco da embarcação exposto. Houve a tentativa de encher o navio com isopor, mas não deu certo e afundou de vez.
O naufrágio ficou conhecido como “Titanic da Amazônia”. A luxuosa embarcação era considerada a mais suntuosa da bacia amazônica. Com poltronas de couro, cada uma com cinzeiro, o navio tinha cara de iate. Neste mês de junho, o incidente completou 50 anos. Restam apenas as lembranças da embarcação.

Jantar de despedida do Vice-Almirante Obino

Vice-Almirante Obino, responsável: implantação da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia, hoje ZP-1, ao lado da esposa, Maria Rosa.

O evento foi organizado pela praticagem da Bacia Amazônica e aconteceu no antigo Hilton Hotel, em Belém. O Vice-Almirante José Luiz Feio Obino comandou o 4º Distrito Naval de abril de 1993 a março de 1995. Na época, o Distrito era responsável por toda a Amazônia, já que ainda não havia sido criado o 9º Distrito Naval, em Manaus/AM.
Entre as realizações à frente do Distrito, uma merece grande destaque: implantação da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia, atual ZP-2, área que compreende o trecho de Itacoatiara a Manaus e o Rio Solimões, no estado do Amazonas.
Até então, os Práticos da Bacia Amazonas conduziam os navios até Manaus e, por conta do pouco movimento de navios no Rio Solimões no trecho de Manaus a Tabatinga, a navegação era feita por Práticos peruanos. Isto acontecia porque a navegação de navios de bandeira peruana era permitida pelo rio Amazonas por conta de uma lei de 1867, que abriu a região à navegação comercial pelas nações amigas do Brasil. Até havia uma empresa peruana que operava com regularidade na linha chamada “Naviera Peruana Amazônica”.
O Almirante Obino foi o responsável por garantir a soberania nacional na área de navegação, talvez prevendo que o Rio Solimões teria grande importância no escoamento da produção de gás e petróleo.

Mares & Rios

O deputado federal Gurgel (PSL/RJ) vai apresentar o Projeto de Lei que dispõe sobre o policiamento aquaviário no mar, nas águas interiores e nas áreas portuárias sujeitas a jurisdição nacional. No PL, o policiamento aquaviário será de responsabilidade dos seguintes órgãos: Marinha do Brasil, Polícia Federal, Polícia Militar e Guardas Portuários.

Está aberto o edital do concurso público para ingresso no Quadro Técnico do Corpo Auxiliar da Marinha do Brasil para o cargo de 1º Tenente. São 16 vagas e as inscrições vão de 19 de julho a 2 de agosto. Mais informações no site marinha.mil.br

Em 1972, quando houve o naufrágio do navio “Presidente Vargas”, a Enasa era presidida por Raul Leonardo do Rego Barros. O gerente do estaleiro de Val-de-Cans era Pedro Almeida de Oliveira e o gerente de navegação e operações era o Comandante Hamilton Pegado. Na época, não mediram esforços para achar uma solução que evitasse a perda total do navio.

A Serveporto, agência marítima que presta serviço de agenciamento para várias empresas de navegação, entre elas, Thorco, Caramuru Alimentos, Navision Bulk e Thoresen Shipping, que tem navios que operam em todos os portos da Bacia Amazônica. A Serverporto também faz as operações portuárias de minério de ferro para Unamgen e Dev Minerals, no Porto de Santana, no Amapá.

Ontem, o Navio-Patrulha “Pampeiro”, subordinado ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, celebrou o 50º aniversário de incorporação à Marinha do Brasil. “Pampeiro” é o segundo navio a ostentar este nome, uma homenagem ao vento que sopra no Pampa, bioma próprio do sul do país responsável por aproximadamente 63% do território do Rio Grande do Sul. Hoje, o navio é comando pelo Capitão-Tenente Bruno Lourenzo Mirão.

Atenção! Separe os agasalhos e cobertores que não utiliza mais, faça uma higienização, embale em sacos plásticos e faça a doação no núcleo de assistência social do 4º Distrito Naval, CIABA, Base naval de Val-de-Cans ou Hospital Naval até o dia 23, e ajude a campanha Pátria Voluntária. (LOP)