NAVEGAÇÃO EM FOCO – Capitania dos Portos do Amapá (CPAP) completa 122 anos

A Capitania dos Portos do Amapá (CPAP), comandada pelo Capitão de Fragata Kaysel Costa Ribeiro, completou 122 anos ontem. Criada em 1899 como Agência da Capitania dos Portos do Estado do Pará e do território Federal do Amapá, conquistou importância ao longo das décadas e, com o crescimento do tráfego aquaviário na região, foi elevada à Delegacia da Capitania dos Portos. Em 2009, atingiu mais um patamar: foi reconhecida como Capitania dos Portos.
Acompanhando o desenvolvimento da navegação nas águas da região norte do país, a alta administração naval inaugurou, em 2019, a Agência da Capitania dos Portos no Oiapoque (AgOiapoque), subordinada à CPAP. Esta ação contribuiu para ampliar as atividades de fiscalização nos rios e mares, levando a presença da Marinha do Brasil até a área de fronteira com a Guiana Francesa.
No final do ano passado, a CPAP ganhou destaque ao atuar para minimizar os dados causados pelo apagões no Amapá em em novembro de 2020. Militares da Capitania ajudaram na doação de cestas básicas, que foram transportadas de Belém para Santana/AP a bordo do Navio-Auxiliar “Pará” da Marinha do Brasil.

Estudos sobre o rio Amazonas avançam

O Prático Kaiaffa com a tripulação do navio indiano “Jag Amar” com Pesquisadores da Universidade de São Paulo.

O projeto de monitoramento da Barra Norte do Rio Amazonas, realizado pela Cooperariva de Práticos da Bacia Amazônica Oriental (ZP1) – UNIPILOT –, dará início, na próxima semana, à sondagem do Canal do Curuá e do Arco Lamoso, trecho que registra as menores profundidades para o acesso ao rio Amazonas e afluentes. Depois, será o lançamento de uma boia meteoceanográfica para análise precisa das condições de maré, dados hidrográficos do local e informações meteorológicas da região.
A intenção da Praticagem é otimizar as previsões ambientais, tornando a navegação de acesso à bacia hidrográfica cada vez mais segura. O conhecimento preciso do local mais profundo, aliado às informações consistentes sobre o volume d’água existente a cada instante, permitirão segurança na passagem de navios com maiores calados.
Este investimento contribuirá para a crescente movimentação de cargas pelo Arco Norte. Fato que, além de beneficiar diretamente os portos e terminais da Bacia Amazônica, ainda visa à otimização do escoamento de cargas pela malha hidroviária fluvial brasileira. A Marinha do Brasil tem sido fundamental no norteamento técnico e no assessoramento prestado à consultoria oceanográfica da Unipilot e ao Conselho Técnico da ZP1.

Mares & Rios

O 2º Batalhão de Operação Ribeirinha (2ºBtlOpRib) do Corpo de Fuzileiros Navais, que tem com Comandante o Capitão de Fragata Fuzileiro Felix, vem atuando no combate à Covid-19 com ações de sanitização em em vários prédios públicos, como escolas, postos de saúde e centros de referência de assistência social.

Em tempo: o Tenente Fuzileiro Victor Reis, do 2ºBtlOpRib, unidade da Marinha do Brasil, consagrou-se segundo colocado geral no Curso de Operações na Selva do Exercito Brasileiro COS/21. O evento é conhecido como “Guerra na Selva”.

Em ação coordenada pelo Comando Conjunto Norte, que reúne as Forças Armadas, o navio Aviso Auxiliar “Breves” prestou apoio para a campanha de vacinação da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (SESMA) contra a Covid-19. Na ocasião foram imunizados mais de 4.500 pessoas pertencentes aos grupos da faixa etária de 43 a 59 anos e profissionais da Educação. A ação ocorreu no Terminal Ruy Barata, na Praça Princesa Izabel no Bairro da Condor.

Os proprietários e as seguradoras do navio “Ever Given”, que bloqueou o Canal de Suez em março, chegaram, no último domingo, a um acordo formal sobre a indenização a ser paga após a embarcação bloquear uma importante via de comércio internacional e gerar prejuízos de milhões de dólares. A Autoridade do Canal de Suez disse que haverá uma cerimônia, amanhã, para celebrar a assinatura do documento. A tripulação está confinada desde o incidente.

O navio de bandeira dinamarquesa “Danica Sunrise” está subindo o rio Amazonas em direção à Manaus/AM a uma velocidade média de 3,5 nós por hora. Há pelo menos 15 anos, o rio Amazonas não recebia um navio com velocidade inferior a 5 nós por hora. Os Práticos Feitosa e Quindere, da Bacia Amazônica (ZP-1), estão conduzindo o navio. Segundo os colegas, a velocidade é tão baixa que tiveram que parar o navio e dar máquina a ré pra tirar da proa o lixo que estava deixando a embarcação mais lenta.

Algumas curiosidades do Danica Sunrise, segundo o site Marine Traffic: partiu no dia 22 de junho do porto de Mindelo, em Cabo Verde (um país localizado em um arquipélago vulcânico perto da costa noroeste da África) com chegada prevista à capital amazonense para o final da manhã desta quarta. É um cargueiro construído em 1989, com capacidade de transportar 1295 toneladas, tem calado atual de 4,1 metros, 66,8 metros de comprimento e 10,2 metros de largura.

Estamos confiantes que nosso amigo CLC William Amador, vítima de um assalto que quase lhe tirou a vida, vai se recuperar logo. Ele construiu uma carreira brilhante na Marinha Mercante, mais precisamente na Empresa de Navegação Norsul, onde foi de Praticante de Náutica a Comandante. Logo estamos juntos! Saúde! (LOP).