O diretor da ANTAQ, Adalberto Tokarski, destacou alguns números relacionados ao Arco Amazônico, composto pelas instalações portuárias, incluindo as do Pará durante participação no Norte Export, em Belém.
De janeiro a maio, conforme dados do Estatístico Aquaviário da ANTAQ, as instalações do Arco Amazônico movimentaram 137,7 milhões de toneladas, um aumento de 1,33% em relação ao mesmo período de 2020.
A movimentação geral nos primeiros cinco meses – sem minério – alcançou 51,9 milhões de toneladas, registrando uma queda de 3%.
Em relação à soja, foram movimentados no Arco Amazônico, de janeiro a maio, 27,8 milhões de toneladas, uma queda de 11,3% em relação aos primeiros cinco meses de 2020. Já a movimentação de milho cresceu 96%, com cerca de 1,3 milhão de toneladas.
Acerca da exportação de soja e milho, a movimentação portuária no Arco Amazônico registrou um decréscimo de 8,1% de janeiro a maio em relação ao mesmo período de 2020, com 13,8 milhões de toneladas.
O diretor da ANTAQ também abordou os dados da movimentação geral do setor portuário. Portos organizados e terminais autorizados movimentaram 485 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses de 2021, uma alta de 9,2% em relação ao mesmo intervalo de 2020.
Durante sua fala, Tokarski apresentou também dados da baixa utilização do modal hidroviário para transportar cargas.
Aumento do calado da Barra Norte é colocado em pauta no Norte Export
O painel apresentado pelo Almirante Murillo Barbosa, (foto) Presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) discutiu os desafios do aumento do calado na Barra Norte no Amazonas. O moderador Edeon Vaz Ferreira debateu o tema com o Vice-Almirante Valter Citavicius Filho, Comandante do 4º Distrito Naval; Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Diretor de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil; Leandro Caiaffa, Prático da ZP-1; e Clythio Backx van Buggenhout; Presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP).
Na ocasião, discutiu-se a necessidade de estudos para aumentar o calado. Embarcações partem dos portos do Arco Amazônico com capacidade ociosa devido a falta de profundidade dos canais de acesso. Isto prejudica a competitividade dos produtos brasileiros no comércio nacional. Os portos da Ásia precisam de navios que transportam maior quantidade de carga, mas para isto, o calado na Barra Norte precisa alcançar a marca de 13,20 metros. Hoje, está em 11,50 metros, o que obriga os navios saírem do Amazonas com 20% de espaço ocioso, encarecendo o frete.
A Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, comandada pelo Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, e a cooperativa Unipilot da ZP1, que tem à frente o Prático Leandro Caiaffa, já estão realizando estudos de viabilidade. Uma batimetria e análises da maré em tempo real dentro das especificações da nova Norman 33/DPC que versa sobre calado dinâmico vai possibilitar o aumento gradual do calado. Já está autorizado o calado de 11,70mts, obedecendo janelas específicas para isso. Além do aumento do calado, foi frisado a importância de manter sinalização adequada e batimetrias atualizadas, que são grandes desafios em uma bacia hidrográfica tão extensa.
RECORDAR É VIVER – Transporte de derivado de petróleo no Amazonas
Nos anos 60, nascia, na Amazônia, a Campanha de Navegação da Amazônia (CNA), especializada no transporte de cargas derivadas de petróleo. A empresa tinha sede em Belém, uma base muito forte em Manaus/AM e uma frota considerável de balsas e empurradores, além de três navios petroleiros de pequeno porte e, assim como a Enasa, quadro próprio de Práticos.
Na época, a CNA era cobiçada pelos Praticantes de Práticos, afinal, era possível realizarem estágios. Por isso, foi essencial para a formação de número expressivo de profissionais na Bacia Amazônica.
Em novembro de 1975, o Diretor Geral de Navegação da CNA, comandante Confúcio Nina Ribeiro, realizou uma viagem de inspeção da frota em Manaus. No registro que ilustra esta reportagem, Confúcio está a bordo do navio “Liliana”, onde podemos ver o Comandante Napoleão, Capitão do navio “Amazônia”, que também estava em Manaus.
Mares & Rios
A coordenação do primeiro dia do Norte Export, que aconteceu a bordo do FB Almirante Fortuna I, foi de José Rebelo III e recebeu muitos elogios de quem participou do evento. Tudo foi pensado em detalhes para a excelente acolhida no terminal da Reicon. Parabéns!
As participações de José Maria Mendonça, vice-presidente da FIEPA; Flávio Acatauassú, presidente da Amport; e Carlos Xavier, presidente da FAEPA, engrandeceram o Norte Export. Os debates foram promovidos para que a região norte continue crescendo com o setor do agronegócio.
Hoje, o navio Florestal “Gaia” atracou no terminal 2 Companhia Docas de Santana/AP. Pela primeira vez na história do Porto, dois navios vão operar simultaneamente para carregar minério. A operação Portuária está sendo realizada pela Serveporto. Em breve, voltaremos com mais detalhes.
A Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), com apoio do Aviso-Auxiliar “Breves”,do Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, promoveu, no período de 14 a 18 de julho, ação de enfrentamento ao escalpelamento, em Curralinho, na Ilha do Marajó). Foram instaladas 34 coberturas de eixos de motor em embarcações pelas comunidades ribeirinhas. A ação faz parte da operação “Verão” 2021.
Ontem foi dia de homenagear os mortos da Marinha em Guerra. Para o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Ganier Santos, “Nesta data, todos os anos homenageamos esses corajosos marinheiros, que a bordo dos navios da Marinha do Brasil ou da Marinha Mercante, componentes do Poder Marítimo brasileiro, tombaram na defesa da Nação brasileira, na luta pela liberdade. O legado desses homens do mar deve ser sempre lembrado, reverenciado e celebrado, permanecendo através dos tempos para seguirmos em frente, trabalhando juntos na defesa das nossas Instituições e da manutenção da soberania do nosso País.” (LOP).
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