Dilson Pimentel
Coibir a prática de crimes transfronteiriços e ambientais, nas áreas marítimas e fluviais; implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos em Águas Jurisdicionais Brasileiras, na Plataforma Continental e em alto-mar; além de realizar inspeção naval e patrulhamento, inclusive em coordenação com os demais órgãos governamentais, são algumas das missões do Comando do 4º Distrito Naval (Com4ºDN), que atua nos estados do Amapá, Maranhão, Pará e Piauí. A Amazônia Oriental é a área de responsabilidade do Comando, que tem sede em Belém. A Amazônia Ocidental, com sede em Manaus, atua por intermédio do Comando do 9º Distrito Naval (Com9ºDN).
De acordo com o capitão de Corveta Jean Bergamaschi, encarregado da Subseção de Adestramento e Comunicações do Comando do 4º Distrito Naval, a principal missão é preparar e empregar as Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais subordinadas, a fim de contribuir para a defesa da Pátria, garantia dos poderes constitucionais e da lei e da ordem, e apoio à política externa.

Na prática, são realizadas operações ribeirinhas, para garantir a defesa do território; ações de Garantia da Lei e da Ordem, em coordenação com outros órgãos governamentais; operações de socorro, em apoio ao Serviço de Busca e Salvamento na área de responsabilidade do Com4ºDN, a fim de salvaguardar a vida humana no mar e nos rios; ações cívico-sociais, com foco na assistência humanitária e suporte à saúde nas comunidades ribeirinhas; e operações com Marinhas amigas, com foco no apoio à política externa.
Em 2021, as principais ações foram as patrulhas nos rios e em área marítima; operações de busca e salvamento; e Operação Ágata, que teve como propósito intensificar a presença do Estado nas faixas de fronteira marítima e terrestre. Bergamaschi citou ainda a Operação Verde Brasil 2 (para combater o desmatamento, queimadas e garimpo ilegal), Samaúma (com o propósito de apoiar o combate a incêndios e desmatamentos ilegais na Amazônia); e Operação Pão da Vida (para reduzir as dificuldades enfrentadas pelas populações marajoaras em situação de vulnerabilidade social, intensificada durante a pandemia do coronavírus).
O capitão de Corveta Jean Bergamaschi diz que uma das principais dificuldades é a grande extensão da área de operações, assim como a sua complexidade, que envolve uma porção marítima e outra fluvial, cada qual com suas especificidades. “Possuímos cerca de 5.500 km de rios navegáveis. Essas dimensões impõem a necessidade de um complexo apoio logístico, equipamentos adequados e pessoal altamente capacitado”, explica.
Por Portal da Navegação, via O Liberal
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