“Jungle Boat” informará aos usuários os horários, dias e local de saída das viagens em outros pontos do rio. Além de ajudar, o projeto social vai oportunizar conforto a idosos e cadeirantes
Reinaldo Barros
Viajar da orla de Belém, saindo de bairros como Jurunas, Condor e Guamá, até os famosos bares e restaurantes do Combu, ou outras localidades, já se tornou rotina para muita gente, entre elas celebridades que vem de fora conhecer cada vez mais as delícias da região. Contudo, um problema enfrentado é a disponibilidade do transporte que faz a travessia, quando não é a quantidade é a falta de horários fixos para uma viagem tranquila, seja na ida ou na volta.
A equipe paraense formada pela Organização Comunitária de Adesão Social (OCAS) desenvolveu um aplicativo de mobilidade para o transporte fluvial e representará o Pará na 13ª Edição do Tecnhogirls internacional. Apoiadas pelo mentor Renato Rosas, Luanny Teles (Ilha do Combu), Juliana Pitol (Minas Gerais) e mais Bárbara Chagas e Flávia Paiva (Jurunas) juntas desenvolveram o “Jungle Boat” um aplicativo de mobilidade para o transporte fluvial.
O objetivo é informar aos usuários os horários, dias e local de saída das viagens em outros pontos do rio, além de ajudar o projeto social a oportunizar idosos e cadeirantes. Segundo os idealizadores a comunidade não dispõe desse tipo de serviço.
A iniciativa fará parte da décima terceira edição do Technovation Girls, que desafia meninas entre 08 a 18 anos a criar, desenvolver e lançar um aplicativo de celular utilizando Inteligência Artificial que resolva problemas em suas comunidades em todo o mundo.
“As meninas tiveram a oportunidade de passar por todo o processo, desde a identificação do problema e a geração de ideias para solucioná-lo, até a elaboração do plano de negócios, desenvolvimento para lançamento do produto digital para o mercado e a apresentação para futuros investidores”. Explica Renato Rosas, Mentor do OCAS.
O Coordenador foi convidado por Gabriela Prado, da Technovation Girls Brasil, para escolher meninas a resolver os problemas do mundo real através da tecnologia.
A equipe mentora foi formada juntamente com o professor premiado em robótica, Bruno Ricardo para dar suporte de conhecimento em educação 4.0. Ele realizou dentro da Ilha do Combu uma aula de Designer Thinking, uma metodologia utilizada para oferecer produtos e serviços de acordo com a real necessidade dos clientes.
“Ela é cada vez mais utilizada por empresas que desejam aperfeiçoar seus serviços de forma simples, ágil e bem planejada, uma vez que ela aproveita características de um profissional de design – como sua forma de pensamento, potencial criativo e empatia – em todo o negócio, e não apenas na criação de um produto”, afirma Renato.
As alunas foram encorajadas a identificar um problema do qual convivem na comunidade e desenvolveram uma solução para ele, o que ajuda a dar vida à tecnologia de forma tangível e imediata.
Elas entrevistaram barqueiros, ribeirinhos e turistas que utilizam diariamente as embarcações, após isso criaram um mapa da empatia e fizeram um plano de negócios e com a assessoria da jovem paulista Juliana Pitol desenvolveram o produto mínimo viável do aplicativo “Jungle Boat”.
Por Portal da Navegação, via LIGNEWS.
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