Enchente muda paisagem do centro de Santarém e atinge centenas de ribeirinhos

Boletim da Defesa Civil desta quinta (19) informa que o nível do rio Tapajós está 1,03 metro acima da cota de alerta, que é de 7,10 metros

Ruas, lojas e residências inundadas pelas águas dos rios Tapajós e Amazonas chamam atenção de quem trafega na área central de Santarém, oeste do Pará.  

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Por conta de problemas causados pela cheia dos rios, a Prefeitura de Santarém, por meio da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC), implementou ações de mobilidade, como a construção de pontes e passarelas de madeira (marombas), assim como medidas de prevenção a inundação, através da instalação de bombas de sucção, em vários pontos da orla da cidade. 

Ao todo, segundo a Defesa Civil, são aproximadamente 200 metros de pontes instaladas por todas as áreas atingidas pela cheia. As pontes são construídas na sede da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) e levadas para serem montadas nos pontos alagados. 

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A primeira instalação, de acordo com a Defesa Civil, ocorreu no início da rua Benedito Guimarães (antiga 15 de agosto) com a Avenida Tapajós, no Centro comercial de Santarém. O final da rua Joaquim da Costa Pereira (antiga 15 de novembro) e o início da rua Padre João também recebeu as passarelas que dão acesso à avenida Tapajós. A Lameira Bittencourt, próximo à Praça do Pescador, conta com uma passarela que dá acesso à rua Joaquim da Costa Pereira, ambas no centro comercial da cidade. Instalações também foram feitas na avenida Amazonas, na vila Arigó, bairro da Prainha. 

Dados da Defesa Civil apontam que na manhã desta quinta-feira, 19, o nível do rio Tapajós atingiu 8,13 metros, na régua da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), instalada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP). 

Em boletim diário, a Defesa Civil informou que o nível do rio Tapajós está 1,03 metro acima da cota de alerta, que é de 7,10 metros.  

Em nota divulgada no dia 27 de abril último, o prefeito Nélio Aguiar (União Brasil), decretou situação de emergência no município, nas áreas afetadas por inundações decorrentes das fortes chuvas. 

O centro comercial de Santarém, segundo Nélio, se encontra parcialmente inundado e o comércio temporariamente prejudicado. 

Várias comunidades ribeirinhas, de acordo com a nota divulgada pelo prefeito, foram atingidas pela cheia, onde aproximadamente 3.624 mil famílias foram diretamente afetadas, entre elas, 21% estão desalojadas. 

“Os prejuízos de ordem econômica e material, ocasionam a escassez de alimentos, de água potável e a inviabilidade do cultivo de hortaliças e animais domésticos para a subsistência dessas famílias”, declarou, em nota, o prefeito Nélio Aguiar. 

Por Portal da Navegação, via Portal Santarém.