Posto de combustível flutuante encalhado na comunidade de Nossa Senhora de Fátima na seca histórica de 2023 (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Sindarma alerta sobre planejamento para garantir estoque de produtos durante a seca.

O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) emitiu um novo alerta sobre o baixo nível dos principais rios e bacias fluviais no Estado e diz que empresas precisam se planejar para garantir estoque de produtos no período da seca, que a seca deste ano deva ser mais severa do que a do ano passado.

Segundo o vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega, setores como o de combustíveis já iniciaram o planejamento de estoques para garantir o abastecimento dos municípios do interior durante a seca.

No entanto, outros segmentos, especialmente de alimentos e produtos de grande demanda, também precisam se preparar com antecedência.

As transportadoras estão prontas para atender as demandas, mas é necessário que a sociedade se mobilize para evitar um cenário de emergência e calamidade como o do ano passado.

Alerta sobre seca

O primeiro alerta do Sindarma foi emitido em fevereiro deste ano, com base em dados coletados pelas transportadoras, e agora se confirmam com o início oficial da estiagem. Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), entre abril de 2023 e abril de 2024, houve um déficit de 27% no volume das chuvas na região.

O nível do Rio Madeira, uma das principais vias de ligação e abastecimento do Estado com o restante do país, está abaixo dos níveis de 2023, o que é alarmante. Porém, é possível se preparar e trabalhar em conjunto para minimizar esses efeitos.

Na semana passada, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) apresentou um prognóstico de estiagem severa em 14 estações de monitoramento entre setembro e novembro, com possibilidade de atingir mínimas históricas.

Municípios nas bacias do Madeira, Negro, Solimões e Tapajós, como Manicoré, Fonte Boa e Tabatinga, serão os mais impactados, com o período crítico esperado em Manaus em novembro.

Em julho do ano passado e novamente em fevereiro deste ano, foram emitidos alertas semelhantes. Apesar das chuvas, os rios ainda não se recuperaram dos impactos da última estiagem e já estamos enfrentando a próxima.

Por Portal da Navegação, via Assessoria.