Maior navio de pesquisa da Marinha do Brasil atracará em Rio Grande para analisar a corrente de água afetada pela enchente.

Embarcação chegará ao município do sul do Estado no dia 22 de agosto. Depois de encerrar as atividades na cidade, se deslocará para Porto Alegre.

A Marinha do Brasil encaminhará o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) “Vital de Oliveira”, para o Rio Grande do Sul nesta semana. A primeira parada acontece nesta quinta-feira (22), em Rio Grande. No período em que permanecerá no Estado, a tripulação realizará pesquisas e análises do impacto da enchente nas águas que compõem a corrente da Lagoa dos Patos até o Guaíba.

A expectativa da Marinha do Brasil é que a embarcação permaneça no município até o dia 28 de agosto, mas a data pode mudar conforme os trabalhos forem realizados. Depois de atuar na Região Sul, o navio se deslocará para Porto Alegre, seguindo o caminho que a água da enchente percorreu em maio deste ano e em setembro de 2023.

embarcação conta com 28 equipamentos científicos capazes de mapear danos do leito marinho, do oceano, da atmosfera e da coluna d’água. A Marinha do Brasil espera que o Vital de Oliveira apoie a retomada plena da navegabilidade no Estado. O navio tem 78 metros de comprimento, com tripulação de 90 militares e capacidade de receber até 40 pesquisadores.

No Porto do Rio Grande, onde acontece a primeira parada do navio, a Portos RS já iniciou o processo de retirada dos sedimentos trazidos pela enchente. O canal de acesso, que normalmente mede 14 metros, está medindo aproximadamente 12 metros, o que impacta na carga dos navios.

Uma pequena dragagem já foi realizada fora do canal de acesso do porto. Uma nova obra que será efetuada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) tem a finalidade de aumentar a altura completa do calado e retomar a normalidade.

Porém, a autoridade portuária afirma que a unidade de Porto Alegre foi a mais atingida. No momento, está sendo realizada a finalização do trabalho de limpeza e aporte dos recursos necessários para a operação, como o fornecimento de energia elétrica. Mesmo que ainda não seja de forma plena, a Portos já pode operar junto ao cais.

No primeiro momento, o navio da Marinha vai realizar todo o trabalho de forma individual, mas após a pesquisa ser concluída, relatórios dos levantamentos serão entregues às autoridades interessadas em contribuir nas ações de recuperação da navegabilidade. 

Por Portal da Navegação, via ZERO HORA.