O Navio AMIS WISDOM III, que estava encalhado no Canal do Curuá, na Barra Norte do Rio Amazonas, desde o dia 21 de agosto, foi desencalhado na madrugada da última quinta-feira (5).
Para realizar a operação de desencalhe do navio, o Armador contratou uma empresa Holandesa, especializada em serviços de salvatagem, que por sua vez subcontratou uma empresa brasileira como determina a lei, e foi contratada a Empresa AWS – Service, que destacou para bordo do navio o Engenheiro Lucas Casagrande, o Oceanógrafo Carlos Poignon e o Técnico em Salvatagem Igor Silva, que deram início aos estudos e planejamento da operação de desencalhe.
Em paralelo a Capitania dos Portos do Amapá CPAP, juntamente com o Conselho Técnico da Cooperativa Unipilot também participaram da elaboração do planejamento e foram designados para participar da manobra os experientes Práticos Khayat e Luiz Omar, além do Tenente Vasconcelos, que chegaram a bordo do navio na manhã da terça-feira (3), e juntos com a equipe que estava a bordo deram início a operação de desencalhe que ocorreu com sucesso.
É importante citar que o navio encalhou em uma zona de Praticagem facultativa, e que após diversas tentativas sem sucesso para o desencalhe, a CPAP e a equipe de salvatagem solicitaram auxílio da praticagem que mantém sondagem constante, além de estudos precisos de maré na canal do curuá e do arco lamoso na foz do Rio Amazonas, com investimentos nos estudos de maré e folga abaixo da quilha, que já possibilita a saída de navios com 11.85 metros de calado, e que nos últimos 10 anos, desde que teve início a busca por mais calado, não houve um evento sequer de encalhe de navios com práticos embarcados na região, demonstrando a expertise da praticagem e segurança de seus dados coletados e disponibilizados por meio de seu serviço de hidrografia.
Marinha e Governo do Pará firmam acordo.
A Marinha do Brasil e o Governo do Estado do Pará firmaram acordo, na última quarta-feira (4), para a execução das obras de duplicação a Rua da Marinha, no bairro da Marambaia, em Belém (PA), além da criação de uma nova via interligando a Rua da Marinha ao Estádio Mangueirão. As intervenções têm como objetivo a promoção de melhorias na mobilidade urbana da capital paraense, que vai sediar a 30a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) em 2025.
O acordo prevê que a União transfira, ao Estado do Pará, uma área de 255.259,29 m2, avaliada em R$ 74.421.581,77. As parcelas de área da União selecionadas no acordo estão sob responsabilidade patrimonial do Comando do 4° Distrito Naval, onde se encontra sediado o 2° Batalhão de Operações Ribeirinhas.
Em troca das parcelas de área da União cedidas pela Marinha, o Estado do Pará assumiu o compromisso de realizar obras de ampliação e reforço estrutural em edificações da Marinha do Brasil sediadas em Belém.
Dentre as melhorias, constam a construção de um novo bloco médico para o Hospital Naval de Belém, a construção de um novo prédio para sediar o Comando do 4º Distrito Naval e seu Estado-Maior, a construção de uma nova sede para a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, a ampliação do píer de atracação de navios da Base Naval de Val de Cães, a implantação de três usinas fotovoltaicas na área do Complexo da Naval de Val de Cães, além de adequações à estrutura do 2º Batalhão de Operações Ribeirinhas.
No exercício da posse das parcelas de área da União, o Estado do Pará é quem será o responsável por executar as obras das contrapartidas listadas no acordo, obtendo alvarás e licenças ambientais e de outras naturezas.
MARES & RIOS
ALMIRANTE KARAM
Faleceu ontem (6) no Rio de Janeiro, um ícone da Marinha do Brasil, o Almirante de Esquadra Alfredo Karam (foto). Durante sua carreira Alfredo Karam exerceu diversos cargos na arma de Marinha de Guerra, tais como: Comandante do Primeiro e Sexto Distritos Navais, Diretor-Geral do Pessoal da Marinha e Chefe do Estado-Maior da Armada e Ministro da Marinha.
Na cidade do Rio de Janeiro fez o curso primário no Colégio Santa Teresa de Jesus e o secundário no Colégio Militar. Já na Escola Naval, em 1941, assentou praça de aspirante; formando-se em 1945 com o posto de guarda-marinha, ainda em 1945 fez o curso de tática anti-submarinos. Foi promovido a contra-almirante em 1973, continuando à frente da Força de Submarino. Já em 1976 recebeu a patente de vice-almirante, no ano seguinte é nomeado chefe do Estado-Maior do Comando de Operações Navais. Promovido a almirante-de-esquadra e eleito presidente do Clube Naval em 1981.
Assumiu a pasta de Ministro da Marinha, em março de 1984. Alfredo Karam tornou-se ministro após a demissão do almirante Maximiano da Fonseca, num episódio que se processou quando da campanha conhecida como “Diretas Já!”, pelo restabelecimento das eleições diretas para presidente da República no Brasil, às quais Maximiano declarou-se favorável. Karam permaneceu neste ministério por um ano, até o fim do governo do presidente general João Batista Figueiredo, em 1985.
EXÉRCITO – OPERAÇÃO CORE 24
Os militares do Exército Brasileiro, pertencentes ao Comando Militar do Norte (CMN), que participaram da Operação CORE 24 (Combined Operation and Rotation Exercise) retornaram a Belém na última quarta-feira (4), após um mês dedicado às atividades do exercício combinado com o Exército Americano, realizado no estado da Luisiana, nos Estados Unidos da América.
O efetivo foi recepcionado na Base Aérea de Belém, pelo Comandante Militar do Norte, General de Exército José Ricardo Vendramin Nunes, que destacou o elevado nível de adestramento da tropa brasileira. A tropa que representou o Brasil é formada por 221 militares, sendo 180 deles de origem paraense. Eles integraram a Subunidade CORE, um efetivo especializado em operações de alto nível, subordinado à 23ª Brigada de Infantaria de Selva (23ª Bda Inf Sl), localizada em Marabá, no sudeste paraense.
EXERCÍCIO
A Marinha do Brasil (MB) realizará o maior exercício militar do Planalto Central, no Centro de Instrução de Formosa (CIF), entre os dias 4 e 17 de setembro. A Operação Formosa conta com mais de 3 mil militares das três Forças Armadas brasileiras, além de representantes de outros países. Como acontece desde 1988, haverá uma demonstração aberta ao público, no dia 11/9, às 10h, no CIF.
O exercício mobiliza militares, aeronaves, carros de combate, veículos blindados e anfíbios, artilharia e lançadores de mísseis e foguetes, dentre outros meios de combate, deslocados do Rio de Janeiro, percorrendo mais de 1.400 km. Trata-se de oportunidade de conhecer os veículos blindados do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), como o JLTV, o sistema ASTROS, o Piranha, o Carro Lagarta Anfíbio (CLAnf), o caminhão UNIMOG, além do caça AF-1 Skyhawk e de helicópteros da Marinha. O público também conhecerá os aviões KC-390, Super Tucano e R-99, da FAB, e os blindados ASTROS, o Guarani e M60 do EB, dentre outros.
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