Manaus (AM) – Agentes do Ibama, com apoio de policiais militares, destruíram 31 balsas de garimpo ilegal no Rio Madeira, no Amazonas, entre os dias 11 e 15 de março na Operação Xapiri. A ação foi em parceria com a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) para combater garimpo ilegal e ocorreu próximo às terras indígenas Setemã e Arary, nos municípios de Novo Aripuanã (a 1.378 quilômetros de Manaus) e Borba (a 327 quilômetros da capital) respectivamente, e ocupadas por indígenas Mura.
Conforme o Ibama, a exploração de ouro na região do Rio Madeira tem causado prejuízos socioambientais severos. O despejo indiscriminado de mercúrio contamina a água, comprometendo a saúde de ribeirinhos e comunidades indígenas, além de impactar a fauna e a flora locais.
Os danos incluem:
Poluição dos rios: O mercúrio utilizado no processo de extração do ouro envenena peixes e outros organismos aquáticos, afetando a principal fonte de alimentação e sustento das comunidades locais.
Destruição de habitats: O desmatamento e a movimentação de sedimentos alteram o curso dos rios, prejudicando a biodiversidade da Amazônia.
Ameaças e violência: A presença de garimpeiros ilegais gera conflitos com os povos indígenas, resultando em episódios de intimidação e violência.
A Operação Xapiri foi planejada desde em dezembro de 2024 para desarticular a mineração ilegal nas terras indígenas. Segundo o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, a ação tem como resultado a diminuição da poluição no Rio Madeira pelo mercúrio e do garimpo na terra indígena Koata-laranjal.
Xapiri é em referência aos espíritos protetores da floresta.
Por AMAZONAS ATUAL.
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