CONVÉS PRINCIPAL – Amazonas (AM): Marinha apreende madeira ilegal.

Uma carga contendo madeira ilegal foi apreendida pela Marinha do Brasil através da Agência Fluvial de Itacoatiara, em 22 de Julho de 2021.
Cerca de 900 m3 estavam sendo transportados por um comboio (empurrador e balsa), que navegava nas proximidades de Nova Olinda do Norte, no Paraná do Maraca que fica no Rio Madeira, Estado do Amazonas. Após análise da documentação pela Secretaria de Meio Ambiente do município, foram detectadas as irregularidades.
Infelizmente muitos cidadãos destroem o meio ambiente para seus próprios benefícios. Por sorte, a Marinha está de olhos nessas práticas, juntamente com os órgãos de segurança públicas e demais instituições governamentais.
A Agência Fluvial de Itacoatiara é subordinada à Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, organização militar pertencente ao Comando do 9º Distrito Naval.

Comando do 4º Distrito Naval tem nova organização militar em sua jurisdição.

O Vice-Almirante Valter Citavicius Filho vem realizando um excelente serviço como Comandante do 4º Distrito Naval, em um momento que requer cuidados especiais em virtude da pandemia da qual vivemos nesses dois últimos anos.
Em sua gestão, a Marinha do Brasil ativou uma nova Organização Militar (OM) em Belém (PA). Em evento realizado no Complexo da Base Naval de Val de Cães (BNVC), no dia 04 de Julho de 2021 teve início as atividades do “Grupo de Embarcações de Operações Ribeirinha do Norte” (GrEOpRibN).
Essa OM tem como propósito o de “contribuir para a aplicação do Poder Naval na área de jurisdição do Comando do 4º Distrito Naval”.
Contando com Lanchas de Operações Ribeirinhas Blindadas e Lanchas de Ação Rápidas, atuará em conjunto com tropas de Fuzileiros Navais e navios subordinados ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte.
As principais tarefas serão de preparar e empregar as embarcações nas Operações Ribeirinhas, realizar Patrulha Naval e Inspeção Naval, contando com militares capacitados para os exercícios de suas novas funções.
Na foto, a Cerimônia contou com as presenças do Diretor-Geral de Pessoal da Marinha, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, do Comandante do 4º Distrito Naval, Vice Almirante Valter Citavicius Filho e o primeiro Comandante da nova OM, Capitão-Tenente Victor da Silva Bruzão.
Sorte ao novo Comandante e viva a Marinha do Brasil!

Navegando

O Capitão de Mar e Guerra Josué Fonseca Teixeira Júnior é um grande amigo deste colunista. Ele enviou generosa mensagem desejando um bom embarque na próxima comissão. Com a motivação em suas palavras, com certeza será um excelente comando.

Agradeço também a todos, sem exceção que enviaram mensagens de bom embarque através dos diversos meios sociais. Se eu citasse todos, não haveria espaço para outras notícias na coluna. Contudo, retribuo com sinceridade os votos, desejando a paz de Deus.
Na Segunda Guerra Mundial, após os ataques a Pearl Harbour, a Marinha Imperial Japonesa começou a sofrer uma série de derrotas como as Batalhas de Midway, do Mar das Filipinas e de Cabo Engaño. No total, perderam 19 porta-aviões dos 22 existentes. Registra-se que uma das maiores falhas foram não ter um sistema de treinamento capaz de suprir as perdas que ocorreram durante as batalhas.

Os casos de Covid a bordo têm prejudicado muitas empresas de navegação. Recentemente tivemos três navios que foram colocados em quarentena pela “Anvisa” no porto de Paranaguá. As embarcações MV “Astakos” (bandeira de Malta), MV “Meghna Princess” (bandeira de Bangladesh) e MV “Redhead” (bandeira Antigua e Barbuda) tiveram que desatracar e fundear. O curioso é que nas atracações dos navios não haviam casos suspeitos de covid. Algo está falhando a bordo e em terra.

No incidente ocorrido no último navio sob o Comando do colunista, recebíamos cerca de 10 a 15 funcionários de firmas contratadas para os devidos reparos. Por quase um mês de realizações dos serviços, não tivemos registros de casos de covid a bordo. Isso porque cumprimos à risca os procedimentos de prevenção e combate da Anvisa e do setor médico da empresa. O principal as realizações dos testes diários de antígeno em todos os que embarcavam, bem como os usos de máscaras e álcool em gel. Tivemos muitos mais procedimentos, porém esses foram os mais requeridos.

Por falar nesse navio, ele se encontra em viagem de retorno para o Brasil, após excelente operação realizada no porto de Cingapura. Com certeza o seu Comandante, Capitão de Longo Curso Altair Telles, está aliviado e com o dever cumprido. Ele que poderá estar realizando sua última viagem no Comando. O “por quê” depois eu conto com a devida confirmação.

O colunista ficou feliz em saber que uma ex Praticante de Náutica agora será Oficial Temporário da Marinha do Brasil, na cidade de Manaus, onde já se encontra nesse momento para o treinamento. Trata-se da “Bela do Mar” (como dizia nosso amigo Alyrio) Tainá Pereira de Medeiros. Ela esteve a bordo sob meu Comando no NT “Dragão do Mar” no primeiro semestre de 2020, quando realizamos a viagem do Brasil para Talcahuano, no Chile. A futura Tenente Tainá pretende seguir carreira na Marinha de Guerra como Oficial efetiva, e para isso irá participar do concurso que abre todos os anos para o Quadro Técnico. Torcemos para que ela consiga e contribua para a nossa nação. Deus está sempre com os bondosos nas missões difíceis.

“Um passarinho me contou” que em certa empresa de navegação os Gerentes de terra estão se promovendo à custa do pessoal embarcado. Sabemos que em muitas instituições públicas e privadas isso ocorre normalmente. Como Gerente de mar, sou da seguinte opinião: a empresa deve ser coesa, com todos interagindo para alcançar a meta estabelecida e deve compensar e reconhecer seus funcionários sem distinção. Como já disse, o setor operacional (navio e marítimo) é o principal e gera lucro, logo o tratamento deve ser dado de maneira exemplar. Promover-se usando os outros demonstra que seu gerenciamento está deficiente.

Uma das maiores empresas mundiais, a “Maersk”, mesmo com a época de pandemia que vivemos, anunciou receita de US$ 14,2 bilhões e EBITDA de US$ 5,1 bilhões. Está entre os melhores ganhos trimestrais em toda a sua história. Bem que alguns “reis” poderiam estagiar lá e aprender como se administra uma empresa; talvez parassem de divulgar “verbalmente” que sempre está no “vermelho” (prejuízo).

O estaleiro alemão “Meyer” ganhou a concorrência para a construção de um navio condomínio residencial flutuante. Se em terra os preços de imóveis e condomínios já são elevados, imaginem nessa embarcação que terá mudanças de locais de residência e nas paisagens. Serão 117 apartamentos e acomodações para o total de mil pessoas (moradores, funcionários e tripulantes). Vamos aguardar para ver. Sem dúvida será uma atração nos portos de escala.

O Navio-Auxiliar “Soure” tem contribuído bastante na campanha de vacinação contra a Covid-19 da “Secretaria Municipal de Belém” (SESMA). A Marinha do Brasil, representando pelo Comando do 4º Distrito Naval, participa das campanhas juntamente com as demais Forças Armadas contra esse inimigo.

Aquela empresa que estava propondo que um navio descumprisse o CTS resolveu voltar atrás. Descumprimento de procedimento é coisa séria. Se existem, então deve ser seguido à risca, senão o pior pode acontecer e a embarcação pode sofrer as consequências. Ainda bem que tudo seguiu direito. Torçamos para não ouvirmos mais uma proposta dessa natureza.
Assim como muitos marítimos, estou torcendo para que essa pandemia chegue logo ao seu fim, pois é muito desgastante ficar num quarto de hotel de 7 a 14 dias de quarentena pré-embarque, isso quando não fica mais tempo. Recentemente o navio que irei assumir, teve seu destino alterado. Com isso, além da viagem de Salvador para Recife, novos dias foram acrescidos no isolamento, além da realização de outro teste de “Covid-PCR”. Não tem jeito, temos que cumprir o procedimento.

A grande amiga Capitão de longo Curso Hildelene Lobato Bahia enviou especial homenagem a este colunista da “Associação dos Profissionais da Marinha Mercante” (APMM), que muito nos sensibilizou. Fiquei muito feliz e agradeci. Temos uma grande amizade desde 1997 quando estava no 4º Ano e ela entrando no CIABA, na primeira turma de mulheres da EFOMM. Participar dos seus primeiros passos foi de grande importância na sua adaptação, quando eu era um dos Adaptadores. Não foi a toa que chegou ao Comando como sendo a primeira mulher Comandante da Marinha Mercante Brasileira (RM).