CONVÉS PRINCIPAL – “Razões e paixões do Patrono da Marinha do Brasil” – Almirante Tamandaré.

No momento em que se comemora a “Semana do Marinheiro”, cuja data se encerra em 13 de Dezembro, quando será celebrado o “Dia Do Marinheiro” em referência a data de nascimento do Patrono da Marinha, Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, vários Distritos Navais e Organizações Militares da força de mar estarão realizando diversos eventos.
O Almirante de Esquadra Arlindo Viana Filho, em seu livro “Razões e Paixões do Patrono da Marinha” descreve: “O mar é a opção. O navio, força e poder. O valor mais alto é o Homem. Grande a nação que puder ser construída sobre tradições nobres e inspiradas no modelo de Homens como o Marquês de Tamandaré”.
O Almirante Tamandaré teve em seu pai, Prático no porto de Rio Grande, os primeiros aprendizados no mar. Desde sua mocidade, ao entrar nas fileiras de nossa briosa, veio se destacando, participando de momentos históricos do nosso país, como a Guerra da Independência, Guerra da Cisplatina, Intervenção no Uruguai e a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai.
Suas qualidades são comprovadas pelas ações bem-sucedidas. Podemos tê-las como exemplos, não somente para os bons marinheiros, mas para os brasileiros de todos os tempos.
Em suas célebres palavras, Tamandaré nos deixou significante ensinamento:
“Honra é a força que nos impele a prestigiar nossa personalidade. É o sentimento avançado do nosso patrimônio moral, um misto de brio e de valor. Ela exige a posse da perfeita compreensão do que é justo, nobre e respeitável, para elevação da nossa dignidade; a bravura para desafrontar perigos de toda ordem, na defesa da verdade, do direito e da justiça.”
Parabéns, marinheiros!
Viva a Marinha do Brasil e seu Patrono!

Pelo seu especial conteúdo, publicamos na íntegra nota dos Comodoros da Marinha Mercante

Símbolo de Comodoro

Os Comodoros da Marinha Mercante Brasileira vêm manifestar nota de repúdio à emenda no. 6 (28 – Plen) do Senado Federal ao PL 4199/2020 que reduz a apenas 1/3 a fração de tripulantes brasileiros exigida em embarcações cujos armadores aderirem ao Programa BR do Mar. Tal proposição representa risco à continuidade da atividade profissional marítima nacional, pois a ascensão de carreira a bordo dos navios só é alcançada com o cumprimento de anos de serviço no mar, não sendo possível atingir o tempo de embarque necessário com apenas 1/3 dos postos franqueados a brasileiros.
O texto de autoria do Governo Federal que foi aprovado na Câmara de Deputados assegurava a participação de 2/3 de marítimos brasileiros, sendo obrigatoriamente brasileiros o Comandante e o Chefe de Máquinas. A alteração introduzida no Senado Federal que reduziu o emprego de marítimos nacionais resultará também em severas restrições à possibilidade da evolução na carreira de nossos marítimos, perda de expertise e consequente rompimento na cadeia de conhecimentos e experiências necessárias à existência de um rol de tripulantes nacionais capacitados e habilitados, segundo a legislação específica para a atividade.
O projeto aprovado no Senado não contribui para a existência de uma Marinha Mercante soberana, em consonância com o conceito de poder marítimo do Estado brasileiro, cujas dimensões continentais e posição geográfica lhe legaram uma imensa costa e um vasto território no mar, denominado Amazônia Azul.
É importante diferenciar a navegação de longo curso da navegação de cabotagem. A primeira foi completamente aberta e o Brasil não possui capacidade para participar no comércio mundial com navios de bandeira nacional, apesar de sua significativa participação na produção de commodities minerais e agrícolas que dependem essencialmente de navios para serem comercializados. Em águas nacionais, a cabotagem é a nossa navegação doméstica, essencial para manter a segurança alimentar da nossa população e o abastecimento de combustíveis em nossas principais cidades.
Cuidar, vigiar e proteger nosso patrimônio no mar é direito e dever de todos os brasileiros e brasileiras. A Marinha Mercante com navios de bandeira brasileira, tripulados por marítimos nacionais, possui papel estratégico na defesa dos interesses da Nação, e para tanto necessita formar e aperfeiçoar seus tripulantes realizando as atividades a bordo dos navios.
Consideramos que a redução na participação de marítimos brasileiros na atividade marítima que ocorre em águas nacionais, imposta pela emenda, além de deixar de empregar brasileiros, levará o Brasil a se tornar dependente de outros países que atuam na atividade marítima seja no fornecimento de navios, seja no fornecimento de tripulantes.
Ressaltamos que o presente manifesto não contesta a necessidade de haver um Programa de Estímulo à Cabotagem, nem pretende se alinhar a possíveis visões político-partidárias que possam existir sobre o tema. Nossa intenção é alertar sobre os riscos indesejados que foram introduzidos no projeto em sua tramitação no Senado Federal e registrar posição de defesa dos interesses nacionais legítimos.
Entendemos que, como todos brasileiros, os marítimos nacionais também têm direito de ocupar os postos de trabalho exercidos no país de forma significativa, sem serem ameaçados com condição discriminatória que não é imposta aos demais que trabalham no território nacional.
Solicitamos que na avalição do texto que retornou à Câmara de Deputados, o Projeto BR do Mar (PL-4199/2020), receba por parte dos Deputados e Deputadas a merecida atenção para que se corrijam os equívocos introduzidos no Senado e que seja restabelecida a participação de 2/3 de marítimos brasileiros em todos os navios da Marinha Mercante autorizados a operar em águas brasileiras.
Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2021.
Assinam este documento os Comodoros da Marinha Mercante Brasileira abaixo relacionados:
CLC/Comodoro Francisco Cesar Monteiro Gondar
CLC/Comodoro Roberto Luiz do Nascimento
CLC/Comodoro Ronaldo Cevidanes Nunes Machado
CLC/Comodoro José Menezes Filho
CLC/Comodoro Joaquim Ferreira de Sousa
CLC/Comodoro Rui Luis Schmidt Fellipe
CLC/Comodoro Sergio Marçal Franco
CLC/Comodoro José Willian Mendes Andrade
CLC/Comodoro Francisco Moreira Neto
CLC/Comodoro Antônio Mario Conor de Oliveira
CLC/Comodoro Paulo Cezar Souza Di Renna
CLC/Comodoro Renato Ramos Diniz
CLC/Comodoro Jayme Ribeiro Branco
CLC/Comodoro Lucival Gonçalves de Alcântara

1º Oficial de Náutica Daniel Moura participa de evento comemorativo de sua turma na ESPCEX

1ON Daniel Moura ao lado de seus colegas de turma.

Importante evento ocorreu na “Escola Preparatória de Cadetes do Exército” (ESPCEX), tradicional instituição de ensino do nosso Exército Brasileiro que prepara os Alunos para entrada na “Academia Militar das Agulhas Negras” (AMAN), com duração de 1 ano.
No dia 20 de Novembro se comemorou, com Cerimônia Militar, os 20 anos da turma, cujo nome é “Tenente-General Carlos Antônio Napion”, que é o Patrono da Arma de Material Bélico.
O 1º Oficial de Náutica Daniel Moura, como ex-aluno, teve participação ostentando o uniforme da Marinha Mercante Brasileira. Ele que atualmente faz parte dos quadros efetivos da empresa “Log-In”, uma das melhores do Brasil.
Os homenageados realizaram desfile, entrando pelos portões da Espcex. A maioria seguiu carreira no Exército, onde estão na patente de Major e cursando a Escola de Comando e Estado-Maior. Inclusive o Comandante-Aluno dessa turma atualmente é Prático em Vitória (ES).
Parabéns ao 1ON Daniel Moura pela representatividade de nossa Marinha Mercante Brasileira!

Navegando

O Capitão de Longo Curso Marco Antônio Carvalho, que recentemente assumiu o Comando de um grande suezmax de empresa estatal, partiu no último dia 05 de dezembro de São Sebastião (SP) com destino a Singapura. Natal e Ano Novo serão comemorados em viagem no Oceano Índico. Boa viagem ao Comandante e sua tripulação.

Vários Oficiais da Marinha Mercante servem hoje na Marinha da Guerra com competência. Dentre eles podemos citar o 1º Tenente Stavis que atua em Belém, na nossa “Universidade do Mar” e a 2º Tenente Tainá que serve na Capitania Fluvial de Tabatinga, no Amazonas.

Em recente participação de eventos no CIABA, o colunista pôde perceber o quanto a “Universidade do Mar” está bem cuidada, fruto do trabalho em equipe que une Oficiais, Guarnição e Servidores Civis, sob o Comando do Capitão de Mar e Guerra Josué Fonseca Teixeira Júnior, que em janeiro transmitirá o cargo para outro colega de igual patente.

Para a Cerimônia de Passagem de Comando do CIABA, o Comandante Josué já enviou convite para presença. Se assim Deus permitir, com certeza permitirá, estaremos presentes para a despedida “temporária” do grande amigo, após dois anos no Comando dessa instituição de reconhecimento internacional.

Encontro amistoso com os colunistas Luiz Omar Pinheiro e Luis Celso na última segunda-feira (06) no CIABA. Foram momentos de descontrações e aprendizados com aqueles que possuem experiência no mundo da comunicação e informação.

O Luiz Omar Pinheiro, que é Prático da ZP1 (da Barra Norte até Itacoatiara) teceu honrosos elogios ao colunista pela forma como mantém as tradições na Marinha Mercante Brasileira. Trabalho este que ele acompanhava desde a época da coluna do saudoso Alyrio Sabbá. Agradeço ao amigo pelos comentários.

Na Cerimônia de Entrega de Prêmios dos Alunos do 3º Ano do CIABA, registraram-se as presenças de vários Oficiais da Marinha Mercante, devidamente fardados, ostentando o orgulho nos seus uniformes. Dentre eles, uma turma de Primeiro Oficiais de Máquinas que recentemente se formaram no Centro de Instrução.

O Capitão de Corveta Antônio Rodrigues da Silva Neto, Superintendente de Ensino (SE) do CIABA é um verdadeiro gentleman. Com sua fina educação e profissionalismo de sobra sempre procura atender a todos da melhor maneira possível. Arrisco a dizer que é um dos melhores “SE” que a Universidade do Mar já teve em todos os tempos.

Ainda nessa semana tivemos o início da Semana do Marinheiro. Infelizmente, por conta da pandemia que ainda assola a humanidade, as comemorações não serão como em anos anteriores, porém realizadas dentro das condições de segurança. A coluna publicará algumas edições do Almirante Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil, como essa e nas próximas. Viva a Marinha do Brasil!

O “Jornal Canal 16” da EFOMM-CIABA é um canal de notícias que muito nos informam sobre as atividades dos Alunos da EFOMM no CIABA e da Marinha Mercante. Na Cerimônia de Entrega de Prêmios, uma Aluna foi homenageada com o nome de um grande jornalista. Voltaremos posteriormente com matéria sobre o evento.

O Capitão de Fragata (EN) Carlos Evandro da Cunha Bezerra, amigo de juventude, teve grande encontro com o colunista. Estamos na torcida para que em breve alcance a patente de Capitão de Mar e Guerra da nossa briosa. De antemão, já marcamos encontro familiar para degustar o famoso “filhote no tucupi”. Quem ainda não provou esse prato, aconselho a provar.

O Almirante de Esquadra Leonardo Puntel, Ministro do Superior Tribunal Militar, teceu elevados elogios para os Oficiais da Marinha Mercante presente na Cerimônia de segunda-feira (06) ao ostentarem os brevês dos Cursos de Aperfeiçoamento para Oficiais de Náutica e de Máquinas.

O Vice-Almirante Wilson Pereira de Lima Filho, Presidente do Tribunal Marítimo, esteve recentemente em nossa capital para a Cerimônia de Passagem de Comando do 4º Distrito Naval. A foto que prometemos no ano passado, ao lado um do outro, onde não conseguimos, finalmente concretizamos. Oficial General de fina educação e atencioso.

Despedida emocionante do Vice-Almirante Valter Citavicius Filho, na sua passagem de comando. Seu filho, que é Aspirante da Escola Naval, com sua farda e platinas, deixou o pai orgulhoso pelo caminho escolhido. Afirmou que agora voltará os olhos para o sucesso do futuro Oficial, mantendo as tradições na família. Estaremos na torcida para conseguir os mesmos feitos do pai.

Convite recebido do amigo Carlos Alberto Alves de Queiroz para participar da Cerimônia Online referente a homenagem que estará recebendo na 14ª Edição da Comenda e Honra ao Mérito SST. Apesar do compromisso do colunista nesse dia, estaremos assistindo e prestigiando o evento, que sem sombra de dúvida, ficará na sua memória. (RM).