O Centro de Instrução Almirante Bráz de Aguiar – CIABA, no último dia 27, formou a maior turma de Capitães Fluvial já habilitada pela instituição por meio do EACF/2022 (Especial de Acesso à Capitão Fluvial).
A cerimônia foi presidida pelo Capitão-de-Fragata Neto, a bancada foi composta por José Rodolfo Miranda Nóbrega (Presidente da FEMAPA) e os professores Santos, Silvestre e Aélcio. O professor Santos foi o paraninfo da turma, os professores Aélcio e Ribamar foram homenageados. A turma escolheu levar o nome do professor Ribamar para homenageá-lo pelos anos de docência no CIABA, pois o referido professor formou parte dos integrantes do EACF/2022, assim como forma inúmeros Pilotos fluviais através do PREPOM. O primeiro da turma foi o Capitão Fluvial Lucas Borges.
Foram quatro meses de curso ininterrupto no CIABA, de 27 de junho à 27 de outubro. A turma foi composta por Pilotos Fluviais com no mínimo 10 anos de experiência em navegação fluvial e de diversas partes do país, como: Porto Velho-RO, Macapá-AP, Belém-PA, Manaus-AM, Porto Alegre-RS e Curitiba-PR. As disciplinas foram variadas e com muita prática nos simuladores de navegação.
Devido ao grande desenvolvimento do Arco Norte, a frota fluvial vem passando por forte crescimento e evolução. Os grandes comboios de grãos estão cada vez maiores e com inovação do sistema de propulsão azimutal, trazendo mais manobrabilidade em super comboios (geralmente com 77 metros de boca e 349 metros de comprimento).
Navegar pelos rios Amazonas, Tapajós, Madeira, Negro, Solimões, Parú, Pará e etc., exige muita perícia e destreza. Os desafios da navegação fluvial são inúmeros, que contam com formação de profissionais, balizamento, atualização continua de cartas náuticas e estudos técnicos contínuos acerca de uma navegação eficiente e segura. Os novos Capitães Fluviais terão o desafio de consolidar os conhecimentos adquiridos no EACF/2022 a bordo de suas respectivas embarcações e agora com restrições retiradas, após a conclusão do EACF, os novos Capitães tem a árdua tarefa de atrelar a navegação visual com outras técnicas de navegação e assim, influenciar a nova geração do grupo de fluviários a cultivarem um modelo de navegação segura, eficiente e eficaz, dentro dos parâmetros internacionais exigidos pela STCW e IMO.
O grupo dos Fluviários levam pelos rios da Região Norte, mais precisamente no Arco Norte, grandes comboios com carretas, derivados de petróleo e grãos (soja, milho, fertilizantes e etc.) e são profissionais que lidam diretamente com o desenvolvimento do país. Os super-comboios já estão em operação e estudos técnicos estão em andamento para elevar de 35 a 40 barcaças para navegar nos rios Tapajós e Amazonas, de Miritituba-PA à Barcarena-PA.
Viva aos profissionais dos rios, que trabalham exaustivamente para uma navegação segura e garantindo uma cadeia logística ininterrupta pelos rios do Brasil, contribuindo diretamente ao pleno desenvolvimento econômico do país, praticando navegação restrita diariamente e descobrindo novos canais de navegação durante o período de seca dos rios, sob pouca visibilidade durante as queimadas no verão e das intensas chuvas no inverno.
Colaboração Lucas Borges.
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