O ‘Bocaina’ e o ‘Guarujá’ são navios de guerra usados no monitoramento dos rios e mar do Pará, Amapá, Maranhão e Piauí.
Enize Vidigal
Neste domingo, 11, os visitantes puderam matar a curiosidade sobre dois navios da Marinha de Guerra que realizam o patrulhamento das águas fluviais e marítimas do Pará, Amapá, Maranhão e Piauí, na área do 4º Distrito Naval. Os navios Bocaina e Guarujá foram abertos à visitação pública na Escadinha do Cais do Porto, ao lado da Estação das Docas, com entrada franca. O evento fez parte da programação pelo Dia do Marinheiro, comemorado na próxima terça-feira, 13.
Eleni Carvalho, de 39 anos, aproveitou o domingo para fazer uma surpresa ao filho, Breno, de dez anos, que é apaixonado pela Marinha e sonha em ser marinheiro. “Eu vi no Instagram e resolvi trazê-lo”. O garoto estava animado: “Eu nunca tinha visitado um navio da Marinha, só vi no Youtube os vídeos sobre os navios que combatem a pirataria”, contou ele.
Os dois navios-patrulha são equipados com um canhão de 44 milímetros e duas metralhadoras antiaéreas de 20 milímetros, cada um, para atingir alvos de superfície e aéreos. Ambos são utilizados na proteção das fronteiras brasileiras, no combate a crimes e na realização de escoltas e vistorias de outras embarcações, conforme explicaram os comandantes do Guarujá, o Capitão-Tenente Mateus Gomes, e do Bocaina, o Capitão-de-Corveta Heder Coelho.
Heder Coelho explicou que o navio tem autonomia de 20 dias em alto mar. O Bocaina mede 47,5 metros de comprimento, boca de 10,5 metros e calado de 3,4 metros. Tem capacidade para 43 tripulantes. Foi fabricado na Inglaterra, em 1995, onde integrou a marinha daquele país e foi incorporado à Marinha do Brasil em 1998. “Os navios-patrulha normalmente ficam ancorados na base do Distrito Naval, no bairro de Val-de-Cães, em Belém. A abertura dos navios à visitação é uma situação especial”, observa o comandante.
Guarujá
“O Guarujá tem autonomia de até 15 dias e atua na missão básica de patrulhamento das águas jurisdicionais brasileiras, em diversas operações. Tem capacidade de ações de guerra naval e defesa da área marítima. É extremamente bem armado, com capacidade para fazer a defesa de alvos de superfície e também aéreos. É equipado com aparato médico de primeiros-socorros e mergulhadores”, explicou o capitão Mateus Gomes.
O Guarujá tem menor porte do que o Bocaina, medindo 46,5 metros de comprimento, boca de 7,5 metros e calado de 2,3 metros e, por isso, é utilizado para o emprego de força mais célere, atingindo 25 nós de velocidade. Tem capacidade para 29 tripulantes. O Guarujá é de fabricação nacional e foi incorporado à Marinha do Brasil em 1999.
Outra visitante foi Ivaneide Oliveira, de 53 anos, que acompanhou entusiasmada o filho, Albert Oliveira, de 19 anos, que está servindo a Marinha há um ano. “Estou encantada. Sempre fui apaixonada por essa farda, tinha o sonho de ser marinheira, mas não consegui e me realizei no meu filho, que também se apaixonou pela profissão”.
“O objetivo (das visitas) é estreitar os laços com a população, trazer confiança na Marinha do Brasil, fazer com que as pessoas conheçam mais um pouco da Marinha e dos recursos que possui, especialmente diante da vocação fluvial que a Amazônia possui”, completou o comandante do Guarujá.
Cerimônia
Na próxima terça-feira, o Comando do 4º Distrito Naval realizará a cerimônia cívico-militar com a entrega da Medalha Mérito Tamandaré, concedida a autoridades civis e militares que contribuíram para o fortalecimento das tradições da Marinha do Brasil. O evento será realizado para convidados, no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar.
Por Portal da Navegação, via O Liberal.
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