Saiba mais sobre os desafios enfrentados na região amazônica devido ao roubo de combustíveis de embarcações.
Nos últimos 18 meses, ocorreu um roubo de aproximadamente 4 milhões de litros de combustíveis de embarcações na região amazônica.
Grupos criminosos estão ativos desviando esses produtos, cruciais para abastecer cidades e gerar energia em áreas desconectadas da rede elétrica nacional.
Dados do Instituto Combustível Legal (ICL) e do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) revelam essa situação preocupante, levando-os a buscar ações conjuntas das autoridades para combater essa atividade criminosa.
O Rio Amazonas, com sua extensão de 6.571 quilômetros, é uma via hidroviária vital para o transporte de diversos produtos. A região vê cerca de 11 bilhões de litros de combustíveis negociados anualmente. Contudo, a vulnerabilidade da segurança torna o transporte de insumos desafiador.
Valéria Lima, diretora-executiva de Downstream do IBP, destaca que a segurança no rio Amazonas é um desafio abrangente, afetando até mesmo embarcações de passageiros.
A ação criminosa foca nos combustíveis por serem insumos essenciais para várias atividades, como aviação e garimpo irregular. Os institutos defendem integração de dados, forças-tarefa e leis mais rigorosas para combater esse problema.
Diante dessa situação, as transportadoras têm buscado serviços de segurança privada para proteger os comboios fluviais. IBP e ICL elaboraram um manual para orientar empresas que optam por escoltas armadas, o que tem contribuído para reduzir as ocorrências.
No entanto, essa medida aumenta custos e riscos, incluindo possíveis tiroteios e vazamentos de combustíveis nos rios. O ICL vem alertando as autoridades sobre essa questão e busca compromissos entre o setor e o governo para coibir o crime.
Além disso, há um chamado para a atuação do Congresso Nacional em legislações que tipifiquem e punam esses crimes, estendendo essa ação para os diferentes modos de transporte, incluindo o aquaviário.
Por Portal da Navegação, via BNC – Brasil Norte Comunicação.
Notícias relacionadas
-
Portos do Arco Norte superaram Santos e Paranaguá em 2024.
-
Centro Técnico de Formação de Fluviários da Amazônia Ocidental realiza curso do Projeto “Soldado Cidadão”.
-
Licitação de dragagem do Rio Solimões é suspensa pelo DNIT.
-
Exposição narra história da Marinha na Região Amazônica.
-
Portos privados do Arco Amazônico crescem e intensificam investimentos