O presidente do Tribunal acompanhou o atendimento em Vila Jubim. O foco do projeto é levar serviços da Justiça Eleitoral, principalmente, até às populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
Alexandra Cavalcanti.
O Projeto TRE Ribeirinho aportou neste mês de novembro, entre outros locais, no Arquipélago do Marajó, mais precisamente no município de Salvaterra e comunidades próximas, onde vivem cerca de 19 mil eleitoras (es). O objetivo desse trabalho, que é desenvolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE do Pará), por meio da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), é levar serviços da Justiça Eleitoral até os recantos mais distantes e/ou de difícil acesso, especialmente onde vivem populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
A ação teve início no último dia 8, na Comunidade de Condeixa, seguindo ainda pela Vila de Joanes, pela Comunidade Quilombola Jubim e se encerrou segunda-feira (13) e terça-feira (14), na Escola de Ensino Fundamental e Médio D. Pedro I, no centro de Salvaterra.
O presidente do TRE do Pará, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior, acompanhou o atendimento na comunidade quilombola do Jubim, a cerca de 45 minutos de Soure, divididos em um percurso feito por balsa pelo Rio Paracauari e por estrada. “Esse projeto é muito importante para resgatarmos os nossos eleitores e, principalmente, os ribeirinhos, indígenas quilombolas. É importante na medida em que com ele resgatamos a cidadania dessa população”, frisou o presidente.
A diretora-geral do TRE do Pará, Nathalie Castro, também esteve na comunidade e reforçou a relevância do projeto. “O TRE Ribeirinho estar na Comunidade de Jubim confirma mais uma vez a vocação do TRE do Pará de estar onde as pessoas estão, prova disso, é que nos dois dias de atendimentos, no sábado e no domingo, as pessoas procuraram bastante pelos serviços que foram oferecidos”, disse a diretora-geral.
O secretário de Tecnologia da Informação, Felipe Brito, destacou que o “Tribunal além de estar na vanguarda nos atendimentos, está também na vanguarda da tecnologia que tem sido usada para levar os serviços até essas localidades, como é o caso do uso da Starlink que utiliza tecnologia de ponta capaz de permitir a transmissão de dados em tempo real, mesmo em locais remotos ou dentro de barcos nos rios”, informou.
A chefe do cartório eleitoral, Cesarina Sousa, acompanhou os atendimentos e ressaltou a relevância do projeto chegar até essas comunidades. “Como não temos cartório eleitoral em Salvaterra, sentimos a necessidade de levar esses serviços até essa população, que na maioria das vezes, tem dificuldade para chegar até Soure em busca desses serviços”, avaliou.
Na localidade de Joanes, conhecida por suas belas praias e pelas ruínas da cidade antiga, os atendimentos ocorreram na Escola de Ensino Infantil e Fundamental de Joanes, que fica distante de cerca de 22 minutos de Soure, onde se encontra a sede do cartório eleitoral. No local, foram realizados cerca de 100 atendimentos pela equipe do projeto, que foi coordenada pela servidora Rute Sardinha.
Uma das pessoas atendidas foi a estudante, Renata Barbosa, de 17 anos, que estava em busca de seu alistamento eleitoral. “Para nós que moramos aqui em Joanes, é muito bom poder contar com um serviço que venha até nós, porque além da dificuldade no transporte para chegar em Soure, ainda enfrentamos a questão do custo”, comentou ela, que já saiu do local com o título eleitoral nas mãos.
Na pacata Jubim, a movimentação no final de semana de 11 e 12 de novembro ficou por conta do entra e sai de pessoas na Escola de Ensino Fundamental e Médio 7 de Setembro. Elas estavam em busca dos serviços eleitorais ofertados pelo Projeto TRE Ribeirinho no local.
Entre as pessoas atendidas na Comunidade estava a aposentada Sinhá Gonçalves do Espírito Santo. Preste a completar 91 anos este mês, ela não perdeu a oportunidade de ficar em dias com a Justiça Eleitoral. “Ainda não tinha feito a biometria e nem tinha votado na eleição passada, por estar doente, mas no próximo ano, se tiver com saúde, espero votar, porque me sinto bem, me sinto feliz, com esperança de melhorar a nossa vila, que é tão bonita”, disse.
Na mesma escola, Raquel de Deus, que em breve completará 16 anos, aproveitou a passagem do projeto pela Comunidade Jubim para fazer seu alistamento eleitoral. “Acho importante ter todos os documentos”, opinou.
Tanto a jovem Raquel quanto aposentada Sinhá receberam o título de eleitor das mãos do presidente do TRE do Pará.
Além da Ilha do Marajó, onde o projeto permanece até o dia 19 de dezembro, passando ainda pelos municípios de Ponta de Pedras, Anajás, Chaves e Afuá, ele também está ocorrendo, na região nordeste do Pará, sul e região das Ilhas de Belém.
Por Portal da Navegação, via Assessoria.
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