Porto Chibatão principal ponto de entrada de mercadorias para o PIM e o comércio de Manaus registrou a chegada de três navios
Karina Pinheiro
Com a subida das águas dos rios da região, o movimento de navios com carga para abastecer o Polo Industrial de Manaus (PIM) e o comércio da cidade e do restante do Estado do Amazonas começa a se intensificar. Desde quarta-feira, três navios já atracaram no Porto Chibatão totalizando mais de 900 contêineres.
Na última quarta-feira, o Porto Chibatão anunciou a retomada das atividades de grande porte com a chegada do navio Aristote (Mercosul e CMA). Foi a primeira embarcação a chegar depois de 50 dias por conta da seca severa que atinge o Estado. O navio aportou por volta das 17h55 em
Em comunicado divulgado à imprensa, a empresa ressaltou que o retorno das operações portuárias são essenciais para o abastecimento de insumos para o comércio e o PIM.
“O retorno é fundamental para restabelecer o fluxo logístico da região, mesmo com a capacidade dos navios reduzidos em 50%, que se equipara ao mesmo período do ano passado”, diz um trecho do comunicado.
Trajeto
O navio realizou uma rota incluindo o Porto de Manzanillo (Panamá), Fortaleza, Pecém e, finalmente, Manaus. Com um total de 402 contêineres descarregados em Manaus, sendo 275 de longo curso do armador CMA CGM (Carga de Importação) e 127 de cabotagem do armador, trazendo uma variedade de insumos essenciais.
Jhony Fidelis, diretor do grupo Chibatão, ressaltou a importância da retomada do transporte fluvial de cargas em meio aos desafios provocados pela seca histórica. “A seca nos rios trouxe complexidades inéditas para nossa operação. O retorno das atividades no Porto Chibatão e em Manaus, mesmo com a redução da capacidade dos navios em 50%, que se iguala ao mesmo período do ano passado, é fundamental para reestabelecer o fluxo de insumos e impulsionar a economia local. Estamos comprometidos em superar esses desafios com eficiência e colaboração”, disse.
O executivo lembrou que apesar da falta dos navios e para garantir o abastecimento do comércio e da indústria, o Porto Chibatão, a JF de Oliveira, Majonave, CNN e os armadores realizaram diversas operações fluviais, que envolveu o transporte de milhares de contêineres via balsas, mantendo o fluxo de mercadorias na região, mesmo diante das adversidades.
“A chegada desse navio representa um marco significativo na retomada das atividades portuárias na região, contribuindo para a normalização do abastecimento e fortalecendo a resiliência da cadeia logística diante dos desafios climáticos”, pontuou Fidelis.
A chegada do navio foi comemorada pelo titular da Secretaria Estadual de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, por meio das redes sociais. Para A CRITICA, o secretário falou sobre a chegada das chuvas e a subida dos rios, marcando uma nova fase na economia. “Tudo isso é muito importante, a nossa economia sofreu muito com o que aconteceu nos últimos sessenta dias”, disse.
O secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico da Sedecti, Gustavo Igrejas, acompanhou a chegada do navio Aristote. “A chegada destes navios é muito importante, pois ficamos mais de 50 dias, por conta da estiagem, sem receber navios. Isso tem um impacto muito grande na nossa economia local, no Polo Industrial de Manaus, mas com as dragagens que foram feitas pelo governo federal, a pedido do governo estadual, do Governo do Amazonas, e também com o período das chuvas, os navios voltaram a vir para Manaus”, disse em material divulgado pela pasta.
Por Portal da Navegação, via acritica.com
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