Comandante da Marinha, Almirante Marcos Sampaio Olsen

Tensões crescentes na Amazônia na Fronteira Norte fazem Comandante da Marinha revelar medo em entrevista

Almirante Olsen teme que a crise entre a Venezuela e a Guiana possa atrair potências extrarregionais

O Comandante da Marinha, Almirante Marcos Sampaio Olsen, afirmou em entrevista que a Marinha está pronta para defender o Brasil de uma eventual ameaça da Venezuela, que disputa com a Guiana uma área rica em petróleo.

Ele também expressou o seu medo de que o conflito possa atrair a intervenção de potências extrarregionais, o que poderia comprometer a paz e a cooperação na região.

O Comandante Olsen foi questionado sobre as condições da Marinha de garantir a soberania do território nacional em caso de uma escalada da tensão entre a Venezuela e a Guiana. Segundo ele, a Marinha acompanha a situação com atenção, buscando obter dados de inteligência que permitam antecipar os movimentos da Força.

Ele disse que não há nenhum indicativo por parte do Ministério da Defesa para o emprego efetivo da força naval, e que a questão ainda está no âmbito do Ministério das Relações Exteriores.

O Comandante da Marinha ressaltou que a política nacional de defesa visa preservar a paz e a cooperação no entorno estratégico do Brasil, que envolve não só a América Latina, mas os países vizinhos da África, a Antártica e uma região do Caribe próxima à margem equatorial.

“A preocupação é que essa crise venha a atrair potências extrarregionais, como se tem visto num passado recente, atualmente, e em diversas crises”, afirmou. “Então temos aqui, no que se pretende pela política nacional de defesa, no entorno estratégico do Brasil, que envolve não só a América Latina mas os países lindeiros da África, a Antártica, e uma região do Caribe próxima à margem Equatorial, venha efetivamente a comprometer a paz e a cooperação, que é o que se espera desse entorno estratégico”, disse o Comandante da Marinha.

Potências envolvidas

O Comandante não especificou quais potências são essas, mas sabe-se que a Rússia estaria apoiando a Venezuela, que é sua aliada ideológica e comercial, e que os Estados Unidos e a Inglaterra estariam do lado da Guiana, que é uma ex-colônia britânica e tem acordos com empresas petrolíferas americanas.

Por Portal da Navegação, via Revista Sociedade Militar.