A Marinha do Brasil continua atuando com presteza na segurança do tráfego aquaviário por várias frentes. O ensino profissional marítimo n aregião amazônica, para populações afastadas dos grandes centros, é uma dessas frentes mais importantes. Segundo informação da Marinha, Capitania Fluvial de Tabatinga aumentou em 86% a formação e o aprimoramento do pessoal da Marinha Mercante.
De 9 a 11 de dezembro, a Capitania Fluvial de Tabatinga (CFT), no Amazonas, realizou, nos municípios de São Paulo de Olivença e Jutaí, as últimas cerimônias de formatura dos Cursos do Ensino Profissional Marítimo de 2023. Ambos os cursos tiveram a duração de 3 meses e formaram, juntos, mais de 47 Fluviários para atuarem como Marinheiros Fluviais de Convés. No ano de 2023, foram 28 cursos realizados, o que resultou em um aumento de 86% em comparação ao ano anterior.
Em meio a um cenário de seca, que desafia os moradores da região amazônica, a CFT intensificou, ainda, as principais ações realizadas na região, como a fiscalização do tráfego aquaviário, por intermédio de Inspeções Navais, a execução do serviço de salvamento marítimo e a participação no apoio a missões humanitárias nas regiões mais afetadas pela estiagem. Foram ministrados também cursos para os ribeirinhos e povos indígenas.
Formação de Aquaviários
Os Cursos de Formação de Aquaviários nas regiões mais afastadas da Amazônia representam um esforço importante para fortalecer comunidades indígenas e ribeirinhas, capacitando-as para desempenhar um papel fundamental na proteção e desenvolvimento sustentável desta vasta região. “Este ano foi difícil por causa da seca, o rio é nosso meio de vida, e agora, com a subida aos poucos dos rios, precisamos estar prontos para trabalhar. Com a vinda da Marinha, os cursos nos ajudam a ter uma oportunidade de emprego”, afirmou Diego Munhoz Ferreira, formando do Curso de Formação de Aquaviários – Marinheiro Fluvial de Convés, em São Paulo de Olivença (AM).
Segurança do Tráfego Aquaviário
A seca de 2023 trouxe desafios únicos para a Amazônia, com a grande redução dos níveis dos rios e o surgimento de novas áreas de risco à navegação. Nesse contexto, a CFT intensificou suas operações, para garantir a segurança do tráfego aquaviário no Alto Solimões e evitar acidentes da navegação, contribuindo, assim, para a proteção ambiental.
Em colaboração com outros órgãos ambientais e de segurança, a Capitania Fluvial implementou medidas específicas para enfrentar os desafios da seca, como a identificação de rotas seguras e a intensificação das fiscalizações em combate às práticas perigosas, bem como as que estão em desacordo com as Normas da Autoridade Marítima.
Dentre diversas ações, entre os dias 16 e 22 de setembro, militares da Capitania realizaram sondagens de mais de 300 milhas náuticas (556 quilômetros) entre os municípios de Tabatinga e Jutaí, com intuito de avaliar a necessidade de impor restrições à navegação, verificar as condições de segurança e efetuar leitura do nível do rio.
Ação Humanitária
A CFT também apoiou na entrega de 6 mil cestas básicas trazidas de Manaus (AM), a bordo do Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) “Soares de Meirelles”. As cestas básicas representaram um alento para as comunidades afetadas pela seca na região do Alto Solimões, reafirmando a disposição da Marinha em apoiar a população.
Por Portal da Navegação, via Agência Marinha de Notícias.
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