Obras atuais do Porto Piauí contemplam o pátio de mercadorias, terminal pesqueiro e sede administrativa. Indústria de conservas e mineradoras devem operar na área.
O Piauí deixará de ser o único do Brasil banhado pelo Oceano Atlãntico a não possuir um terminal marítimo. As obras do Porto Piauí, no município de Luís Correia, avançam com a entrega, até o fim do ano, do Terminal Pesqueiro de Luís Correia (TPLC), do pátio de mercadorias e da sede administrativa. O investimento inicial do governo do estado é de R$ 100 milhões.
O cais pesqueiro, com extensão de 180x25m, também será entregue ainda em 2024. Ele permitirá que embarcações de até 50 toneladas possam atracar e aportar para carregar e descarregar mercadorias.
“O terminal será inaugurado e entrará em operação em 2025, mas, antes mesmo disso, já teremos, até o fim deste ano, as instalações adequadas para que as empresas comecem a se instalar no terminal. Ao mesmo tempo em que estamos trabalhando na parte de infraestrutura, já estamos negociando com empresas para que possam se instalar e gerar emprego e renda aos piauienses, além de fomentar a cadeia da pesca”, destacou a presidente da Porto Piauí, Maria Cristina.
O terminal pesqueiro irá permitir o desenvolvimento da cadeia de pesca local. No TPLC, o pescado será tratado em unidades industriais, com todas as preocupações sanitárias e de higiene necessárias, para que se obtenha selos de qualidade. Esse processo irá proporcionar a melhoria do produto acabado para a venda, aumentando o seu preço e gerando uma maior margem de lucro aos pescadores.
Pescados no porto
Dentro do porto, uma das empresas de processamento de frutos do mar (indústria de conservas) vai gerar cerca de 400 empregos. Além dela, todas as indústrias que serão acopladas ao terminal pesqueiro também vão gerar empregos.
Os demais terminais não terão indústrias acopladas, apenas serão usados como meio de transporte. Haverá, em princípio, quatro terminais no porto, de acordo com a atual vocação econômica do Piauí: terminal de pescado, terminal de grãos e fertilizantes, terminal de cargas e descargas em geral e terminal de hidrogênio verde e amônia.
Serão abertas concessões para empresas operarem esses terminais. A previsão é de que a construção dos quatro terminais custe R$ 1 bilhão, com maioria dos recursos oriundos de empresas privadas.
Segundo a Investe Piauí, empresa de economia mista responsável pela operação, já manifestaram interesse a Lion Mining, empresa que explora minério de ferro em Piripiri, além de outra companhia em transportar litotâmnio, uma espécie de calcário marinho.
Enquanto a obra não é finalizada, a equipe técnica está instalada e exerce as suas atividades internas na Zona de Processamento de Exportações do Estado do Piauí (ZPE do Piauí).
Por Portal da Navegação, via Governo do Piauí.
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