Carregamento de soja em navio dentro do Porto de Itaqui no Maranhão - Arco Norte — Foto: Fernando Martinho

Portos do Arco Norte respondem por 40% das exportações de soja e milho.

Os portos do Arco Norte foram responsáveis pela exportação de 39% de toda a carga de milho e soja que saiu do país entre janeiro e outubro deste ano. Foram 47,7 milhões de toneladas embarcadas a partir dos empreendimentos das regiões Norte e Nordeste, segundo o Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

O diretor presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (AMPORT), Flávio Acatauassú, disse que o resultado impressiona ainda mais quando se observa o quadro de seca severa pela qual a região Norte passa nos últimos meses.

“Somos resilientes e estamos preparados para crescer cada vez mais, mesmo após um período de seca histórica que vivemos no segundo semestre de 2024”, explicou, em nota.

Segundo o executivo, o crescimento das exportações pelo Arco Norte é fruto de “amplos investimentos em infraestrutura” nos portos na última década.

Temos uma vocação natural na nossa região, com amplos rios navegáveis e estamos sempre investindo pesado para a melhoria dos nossos serviços. Somos competitivos do ponto de vista da logística e temos expertise em oferecer soluções mais econômicas e viáveis para nossos clientes, além de aliarmos tudo isso à sustentabilidade e preocupação ambiental”

— Flávio Acatauassú

Os portos amazônicos, do Pará e do Amazonas, foram responsáveis pela exportação de quase 60% do volume de soja e milho escoados pelo Arco Norte, segundo a Antaq. Se for considerado apenas o milho, 80% de todas as exportações do cereal saíram pelos empreendimentos desses dois Estados.

A capacidade instalada no Arco Norte é para exportação de 52 milhões de toneladas, disse Acatauassú. “Já há investimentos em andamento para mais 48 milhões de toneladas de granéis. Ou seja, teremos uma capacidade de embarque de cerca de 100 milhões de toneladas de grãos nos próximos cinco anos. Estamos preparados para essa crescente demanda e nos modernizando ainda mais para continuarmos crescendo de forma competitiva”, finalizou.

Por Portal da Navegação, via GLOBO RURAL.