Exportação recorde de soja e milho fortalece os portos do Arco Norte. Imagem: CANVA

Portos do Arco Norte lideram exportação de soja e milho em 2024.

Exportação recorde de soja e milho fortalece os portos do Arco Norte.

Os portos privados do Arco Norte registraram um recorde na exportação de soja e milho em 2024, consolidando a região como um dos principais corredores logísticos do Brasil. De acordo com o Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os terminais localizados nos estados do Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Maranhão movimentaram um total de 52,3 milhões de toneladas desses grãos.

Arco Norte supera outros corredores logísticos

Do total exportado pelos portos do Arco Norte, 18,4 milhões de toneladas foram de milho, representando 47,4% de toda a exportação nacional desse grão.

A soja, por sua vez, atingiu 34,4 milhões de toneladas, equivalente a 35,3% do total exportado pelo Brasil.

Esses números superam corredores logísticos tradicionais, como o Porto de Santos, que movimentou 16,7 milhões de toneladas de milho (42% do total nacional) e 27,9 milhões de toneladas de soja (28,3% do total exportado em 2024).

Os portos do Arco Norte seguem se destacando devido à sua eficiência na logística e à proximidade com as regiões produtoras de soja e milho, reduzindo custos e tempo de escoamento.

Infraestrutura e desafios enfrentados pelos portos do Arco Norte

Mesmo com os desafios climáticos enfrentados em 2024, como a seca extrema, os portos do Arco Norte conseguiram manter um desempenho elevado.

Segundo Flávio Acatauassú, diretor-presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport), o setor demonstrou resiliência e compromisso com o crescimento sustentável.

“Somos resilientes e estamos preparados para acelerar nosso crescimento ano a ano. Em 2024, passamos por inúmeros desafios, com um período extremamente seco que nos impactou, mas não nos imobilizou. Trabalhamos, como sempre, com amplos investimentos em infraestrutura, com sustentabilidade e preocupação ambiental”, afirmou Acatauassú.

Um dos principais desafios enfrentados pelos portos do Arco Norte é a necessidade de investimentos na dragagem dos pontos críticos do Rio Tapajós.

Segundo Acatauassú, “a dragagem dos pontos críticos do Rio Tapajós, a ser realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), é extremamente necessária para que naveguemos de maneira perene, evitando a interrupção no escoamento de cargas no período da seca, que impacta sobremaneira o segmento. Defendemos o desenvolvimento do setor e da economia brasileira, através da correta aplicação de políticas públicas e privadas que possam mitigar os problemas causados pela seca, respeitando o meio ambiente e buscando o bem-estar da sociedade como um todo”.

Expectativas para 2025: crescimento e modernização

O setor portuário do Arco Norte encerrou 2024 com perspectivas otimistas para os próximos anos.

“Atualmente, temos uma capacidade instalada de 52 milhões de toneladas e já há investimentos em andamento para mais 48 milhões de toneladas de granéis.

Ou seja, teremos uma capacidade de embarque de cerca de 100 milhões de toneladas de grãos nos próximos cinco anos.

“Estamos preparados para essa crescente demanda e nos modernizando ainda mais para continuarmos crescendo de forma competitiva”, revela Acatauassú.

Os portos do Arco Norte estão cada vez mais estruturados para manter a competitividade na exportação de soja e milho. Com investimentos em novas tecnologias e ampliação da infraestrutura, a região se firma como essencial para o agronegócio brasileiro, garantindo maior eficiência no escoamento da produção.

O crescimento constante da demanda global por soja e milho reforça a importância estratégica dos portos do Arco Norte, tornando-os cada vez mais fundamentais para a economia do país.

Por NAVAL PORTO ESTALEIRO.