O Vice-Almirante Valter Citavicius Filho, do Comando do 4º Distrito Naval, recebeu na última segunda, 12, o Deputado Federal Eder Mauro (PSD-PA) para tratar sobre recursos que vão ser empregados no projeto de construção do novo Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) “Anna Nery”, previsto para entrar em operação a partir do 2º semestre de 2022.
O “Anna Nery” vai prestar serviços médico-hospitalares nos estados do Pará e Amapá. O projeto prevê consultórios médico, oftalmológico e odontológico, enfermarias, farmácia/paiol de remédios, além de laboratório de análise e sala cirúrgica para casos mais simples. Eder Mauro prevê a liberação de um milhão de reais em emendas.
Marinha do Brasil forma novos aquaviários no Pará
A Capitania dos Portos da Amazônia Oriental realizou durante toda a semana passada o Curso Especial de Segurança de Embarcações de Passageiros (ESEP), nos municípios de Portel e Melgaço. Foram habilitados 14 novos aquaviários para conduzir embarcações de transporte de passageiros na navegação interior. Os alunos receberam instruções sobre normas de segurança da navegação para aprimorar o serviço de transporte de passageiros, seja do tipo escolar, turismo ou de travessia.
No mesmo período, foi promovido o Curso de Formação de Aquaviários Marinheiros Fluviais Auxiliares de Convés e de Máquinas, que formou 55 novos aquaviários. Eles adquiriram conhecimentos sobre manobras de embarcação, primeiros socorros, combate a incêndio e sobrevivência no mar.
As atividades fazem parte da Operação “Verão” 2021, que tem como objetivo ampliar as ações de segurança da navegação e prevenir acidentes com embarcações, especialmente de transporte de passageiros. A iniciativa representa ainda importante investimento na força de trabalho disponível nos locais que, devidamente qualificada, contribui para a segurança do tráfego aquaviário.
recordar é viver – A “chatinha” Plácido de Castro
No fim dos anos 1950, quatro embarcações enviadas pelo mesmo estaleiro holandes que construiu os navios da Frota Branca da SNAPP chegaram à região amazônica. Eram as “chatinhas”. Elas receberam esta denominação por terem pouco calado. O objetivo era resolver o problema da navegação dos rios afluentes durante o período de seca nos rios da Amazônia.
Essas embarcações receberam os nomes “Imediato Carepa”, “Irineu Evangelista”, “Pimenta Bueno” e “Plácido de Castro”. Recorda-se que eram movidas a motor, porém, não tinham hélices, e sim roda com palheta na popa – o que permitia navegar em lugares com pouca profundidade. E, assim, navegaram por muitos anos pelos rios Xingu, Tapajós, Tocantins, Solimões e Madeira.
As mais longevas foram “Imediato Carepa” e “Plácido de Castro”. A primeira seguiu em passeios pela orla de Belém. A segunda, já movida a motor com hélice, fez linha para Cametá, mas depois leiloada e, hoje, infelizmente, é sucata em um barranco em Manaus/AM.
A primeira turma de Práticos concursados da Amazônia
Até 1980, o ingresso de Praticante de Prático na Praticagem da Bacia Amazônica era pelo Programa de Ensino Profissional Marítimo. Recordo-me que as inscrições dos candidatos eram realizadas na Capitania dos Portos, mais especificamente no setor da D. Helena.
O fato é que, caso o número de inscritos fosse menor que o número de vagas ofertadas (o que era bem frequente), todos eram habilitados. Porém, era necessário procurar embarque nas Empresas Fluviais, de Cabotagem e Longo Curso para estagiar como Praticante de Prático por ao menos três anos.
Em 1980, foi realizado o primeiro concurso para Praticante de Prático para a Praticagem da Bacia Amazônica. Naquele certame, 12 vagas foram ofertadas e apenas nove candidatos foram aprovados: Raimundo Evaristo, Wilson Barbosa, Raimundo Nabuco, José Carvalho, Ricardo Rebelo, Roberto Vasconcelos, Maurício Rutowitcz, Luiz Omar Pinheiro e António Capela, que não concluiu o curso.
O tempo de Praticagem foi de três anos. A Associação de Praticagem da Bacia Amazônica (APBAM) ficou responsável pela formação dos Praticantes que, após serem aprovados no exame para Prático, permaneceram um ano como Prático-Auxiliar embarcando ao lado de um Prático mais experiente. A disciplina era rígida. A começar pelo uniforme cor caqui sempre exigido a bordo.
Mares & Rios
ERRATA: As manobras de amarração dos navios nas boias testes nas operações de transbordo na área do Porto de Vila do Conde, em Barcarena, são realizadas pelos Práticos da ZP-3, pertencentes às empresas Barra do Pará e Pará River. Pedimos desculpas pelo erro.
As exportações do agronegócio atingiram cifra recorde em junho. Foram 12,1 bilhões de dólares, número 25% maior do que em junho de 2020. O aumento dos preços internacionais dos produtos agropecuários exportados pelo Brasil, cerca de 30,4%, foi o principal responsável por este valor recorde.
A protagonista do agronegócio brasileiro foi a soja em grão, representando mais da metade do que foi exportado pelo Brasil no agronegócio. As vendas externas alcançaram valor recorde de 5,3 bilhões de reais, mesmo com redução de 12,9% do volume exportado – o equivalente a 11,1 milhões de toneladas.
Na última Assembleia Geral Extraordinária entre Federação dos Trabalhadores em Transportes Marítimos e Fluviais nos Estados do Pará e Amapá e Sindicatos dos Aquaviários do Pará e Amapá, foi elaborada a pauta de reivindicação e encaminhada ao SINDARPA. Entre as principais propostas, 100% do INPC mais aumento real, plano de saúde, melhoria nas folhas de pagamento e melhor escala de folgas.
A Agência Nacional dos Transportes Aquaviário expediu outorga de autorização à empresa de Navegação Santana Ltda, com sede em Santarém, para operar como Empresa Brasileira de Navegação no transporte de carga e passageiros no trecho entre Belém e Santana, no Amapá.
Hoje, esta coluna parabeniza o amigo Relton Oswaldo Pinto pelo aniversário! Relton é Diretor-Presidente do Grupo Atlântica Matapi, empresa com forte atuação no segmento de Operação Portuária, Transporte Rodoviário e Fluvial, Armazenagem e Terminais Logísticos, e presidente da nossa querida Soamar-Pará. Saúde e mais sucesso! São os votos deste colunista (LOP).
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