Sindarma intensifica estratégias para enfrentar secas no Amazonas e crimes fluviais em 2025.

Principal “estrada” para quem mora no interior do Estado ou para quem precisa escoar produtos que chegam e saem do Amazonas, a navegação fluvial enfrenta desafios significativos, agravados pelas duas últimas secas históricas na região e pelos crimes praticados por “piratas dos rios”.

Esses são os principais pontos de atuação que o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma) planeja enfrentar em 2025, conforme antecipou ao Real Time1 o presidente da entidade, Galdino Alencar.

Estratégias para enfrentar secas

O presidente do Sindarma ressaltou a importância do transporte fluvial para o cotidiano das comunidades da região, especialmente durante a seca severa dos rios.

Segundo ele, o setor mostrou sua relevância ao assegurar o abastecimento de insumos e combustíveis em momentos críticos.

“Toda vez que você enxergar uma luz acesa em uma comunidade ou em um município do interior, pode ter certeza que foi uma embarcação que levou combustível e insumos para aquele local”, afirmou Galdino.

Para mitigar os efeitos devastadores da estiagem, o dirigente defendeu uma atuação conjunta entre todos os setores da sociedade e os órgãos públicos, com foco no planejamento e na execução de medidas preventivas.

Ele destacou a dragagem antecipada dos rios como uma solução eficaz para evitar paralisações durante períodos de seca.

“Isso evitaria a paralisação durante a seca”, enfatizou.

Crimes fluviais

A insegurança nos rios do Amazonas é uma prioridade do Sindarma. Galdino Alencar destacou a parceria com órgãos de segurança pública para combater a pirataria e melhorar a navegação.

“As empresas e distribuidoras implantaram a escolta armada no transporte de combustíveis, fato que reduziu o sucesso das quadrilhas, mas não o número de tentativas, que são diárias. Com a escolta, os criminosos estão migrando para outros tipos de cargas, que registraram vários saques nos últimos meses”, explicou.

O Sindarma planeja ampliar os investimentos em monitoramento, garantindo maior segurança para a navegação.

Hoje, todas as balsas no Amazonas são monitoradas via satélite, e a entidade aposta em novas medidas, como o treinamento das tripulações e a ampliação das escoltas armadas para diversas rotas.

Hidrovia do Madeira

A concessão da hidrovia do rio Madeira, coordenada pelo Ministério dos Portos e Aeroportos e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), é uma das pautas monitoradas de perto pelo Sindarma.

Galdino destacou que a entidade não é contrária ao projeto, já que ele trará benefícios ao setor, mas alertou sobre os impactos financeiros para os armadores.

“Os custos, ao final, serão pagos pelos armadores. Alguns pontos ainda precisam ser definidos, como o apoio para emergências e a sinalização do rio”, disse o presidente.

O Sindarma participa ativamente das discussões com os órgãos responsáveis, contribuindo para a elaboração da proposta final e assegurando que as necessidades do setor sejam atendidas.

Realidade da navegação fluvial

O presidente do Sindarma lembrou que o transporte fluvial é essencial para o cotidiano dos moradores da região e destacou que o setor está em expansão, mas carece de apoio para reduzir a insegurança, padronizar normas técnicas e diminuir a burocracia.

“Toda vez que você enxergar uma luz acesa em uma comunidade ou em um município do interior, pode ter certeza que foi uma embarcação que levou combustível e insumos para aquele local. Nesta seca, pudemos comprovar a importância do setor para o cotidiano da população”, afirmou.

Por Portal da Navegação, via RealTime1.