O navio São Luis estava à devira quando colidiu com a ponte Rio-Niterói.

NAVEGAÇÃO EM FOCO – O navio fantasma São Luíz

Lançado ao mar no dia 19 de fevereiro de 1994, em meio a uma grande festa que contou com a presença do então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, o navio São Luíz atracou no píer da Praça Mauá e estava pronto para operar transportando bauxita na linha entre os terminais de Porto Trombetas, no Pará, e porto da Alumar, no Maranhão.
Foi o último navio recebido pela Empresa de Navegação Mansur S/A, de propriedade do lendário armador Michel Simão, e o terceiro de uma série de navios construídos no estaleiro Caneco. Os outros dois foram o Norsul Crateus e Norsul Camucim, que diferentemente do São Luís, eram navios modernos e operacionais. O São Luiz saiu do estaleiro a um preço bem menor que os irmão e cheio de problemas de construção, que tornaram a vida útil mais curta e causaram sérios problemas de manutenção às empresas que o operaram.
Com o falecimento de Michel Simão, em 2002, a Navegação Mansur passou por crises financeiras que culminaram com o cancelamento do registro de armador. Os herdeiros passaram afretar, a casco nu, o que acabou com a frota de quatro navios que ainda restavam.
O São Luiz ainda chegou a ser afretado pela Empresa de Navegação Aliança, quando parou definitivamente em 2016, vindo de uma derradeira viagem de Porto Alegre. Em 2018, sem tripulação, ficou fundeado na Baia de Guanabara, sendo incluído em casos judiciais. Totalmente à deriva, o navio de 200 metros de extensão, 30 de largura e capacidade para transportar 42.815 toneladas, foi se deteriorando ao longo dos anos e colidiu contra a ponte Rio-Niterói na última segunda-feira.

Viagens para o Marajó em um “avião”

O contramestre Josafá Ferreira no comando da lancha Altântica
A lancha Atlântica voa para o Marajó em apenas 1h30min

Quando avistou o terminal Hidroviário de Belém, seu Antonino, o conhecido “pé de ouro”, disse bem-humorado para alguém que estava surpreso do outro lado da linha. “É que agora só viajo de avião!”.
Essa é a sensação de centenas de passageiros que viajam na super lancha Atlântica, da Navegação Ferreira. Incorporada à frota da empresa há um mês, a lancha faz viagens entre a capital Belém e Ponta de Pedras e Camará, ambos no arquipélago do Marajó, dando suporte à lancha Salmista e ao catamarã Salmista em períodos de alta demanda. O tempo médio de uma viagem é de 1h30min graças a dois motores Sacania de 630 e 600hp. Embarcações comuns fazem os mesmos trajetos (de cerca de 85km) entre 2h30min e 3h.
O contramestre Josafá Ferreira comemora a aceitação dos clientes. “Não tem mais moderna. Foi projetada pra viajar com conforto e segurança”. Com 36 anos de experiência, Josafá sabe da importância de receber bem os passageiros e viajar em uma embarcação segura. “São seis porões estanques”, destaca orgulhoso. A divisão dos porões evita naufrágios em casos de avaria no casco da embarcação.
Para melhor conforto, seis splits de teto e três banheiros, sendo um deles exclusivo para pessoas com deficiência. Durante as viagens, ainda é possível comprar produtos a bordo em uma lanchonete. A Atlântica tem capacidade para transportar 131 passageiros em poltronas reclináveis revestidas em courvin, além de dois camarotes. “Pena que só dá pra dar um cochilo porque a viagem é rápida”, brinca o contramestre.

Mares & Rios

Ao receber o navio São Luiz, a navegação Mansur entrou na concorrência da linha Trombetas/Alumar e saiu vencedora, juntamente com a empresa de navegação Aliança. Cada empresa colocou um navio na linha, em substituição a navegação Norsul, que perdeu o contrato. Vale lembrar que o navio São Luiz ficou pouco mais de um ano na linha, por conta de vários problemas, principalmente de ordem financeira, que levou a Alumar a reincidir com a navegação Mansur.

Ontem (16) foi o Dia Nacional da Amazônia Azul, mar de riquezas de todos os brasileiros!L. A data tem por objetivo conscientizar a sociedade brasileira sobre a importância do mar. O território marítimo, que dispõe de incontáveis bens naturais, é de grande importância estratégica para o país, sendo fundamental garantir sua defesa.

O Comando do 4° Distrito Naval realiza no dia 22 de novembro, de 7h30 às 12h10, no auditório do Ciaba, o simpósio Amazônia Azul com o tema “A Economia Azul e os Desafios para a Amazônia Oriental”. O vice-almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa L, comandante do 4° Distrito Naval; Flávio Acatauassú, da AMPORT; e o prof. Dr. Hito Braga, diretor-geral do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará serão os palestrantes do evento.

O comandante militar do norte, general Costa Neves (foto ao lado), embarcou no Ferry Boat do 8° Departamento de Suprimento (8º D Sup) e seguiu para a cidade de Macapá, no estado do Amapá. A viagem via fluvial durou um pouco mais de dois dias e teve como missão o apoio logístico de suprimentos que serão distribuídos às organizações militares diretamente subordinadas ao Comando Militar do Norte (CMN) e Comando da 8ª Região Militar (8ª RM).

Durante o trajeto, o general Costa Neves fez uma parada no município de Breves, na região do Marajó, conheceu o Tiro de Guerra. Além disso, o comandante do CMN também aproveitou para entender um pouco mais da Amazônia Oriental sob a ótica das peculiaridades da vida ribeirinha, pelos rios da região.

ERRATA: A coluna, na última terça-feira, noticiou que a Petrobras já havia iniciado a perfuração do prospecto Morpho, localizado no estado do Amapá. Em nota, estatal esclareceu que perfuração ainda não aconteceu, mas está prevista para acontecer até o fim do ano. A operação de um poço para exploração de petróleo depende de licença ambiental.