Posição do quadro de boias do Porto de Santarém

NAVEGAÇÃO EM FOCO – Porto de Santarém aumenta capacidade de operação

Após estudos técnicos da Universidade de São Paulo (USP), e coordenado pelo Comando do 4º Distrito Naval através da Capitania Fluvial de Santarém, Conselho Técnico da Cooperativa Unipilot e Companhia Docas do Pará, foi realizado na última semana o Processo Seletivo Simplificado para definir quais empresas ficarão responsáveis comercialmente pelo uso temporário das áreas denominadas APT1, APT2 e APT3 para operar navios no sistema de bóias no Porto de Santarém, através da melhor oferta.
A área APT1 será uma continuidade dos dolfins do Porto de Santarém e será utilizada para navios petroleiros sob a responsabilidade do Consórcio Porto Santarém – formado pelas empresas Raizen e Vibra. Já as áreas APT2 e APT3 serão dois quadros de bóia em frente ao porto e serão operados pelas empresa Louis Dreyfus Company Brasil S.A (“LDC”) e Mega Logística Transporte por Navegação S/A, respectivamente, que foram as vencedoras da licitação, e serão utilizadas para operações de transbordo de grãos.
Serão mais três terminais em operação na área do porto, que deve representar um aumento de 20% no volume do grãos embarcados no principal porto do Arco Norte.

Tráfego de embarcações em operação no Brasil via VTS

Equipe do CAMR durante VISITEC ao VTS do Porto de Vitória (ES).

No século passado, o rápido desenvolvimento do comércio marítimo estimulou o aumento da quantidade, bem como das dimensões dos navios que utilizam as rotas oceânicas. A intensificação do tráfego marítimo impôs às autoridades costeiras a necessidade de adotar medidas para organizá-lo e controlá-lo, especialmente nos acessos aos portos. Nesse contexto, surgiram no Reino Unido, em 1948, os primeiros sistemas para monitoramento do tráfego de embarcações, os quais são mundialmente conhecidos pela sigla VTS (em inglês, Vessel Traffic Service)
Ao longo do tempo, a incorporação de novas tecnologias tornou o serviço mais sofisticado, o que passou a exigir um esforço mundial para a padronização de procedimentos no VTS. Hoje, os modernos serviços de VTS são constituídos de equipamentos e sensores que, estrategicamente posicionados, coletam e transmitem os dados para processamento no Centro de Controle, onde um operador tem acesso à imagem do tráfego e informações ambientais de interesse para os usuários, como, por exemplo, dados de marés, altura das ondas, intensidade do vento, visibilidade, temperatura e correntes marinhas
No Brasil, não existe uma legislação específica sobre VTS e, por se tratar de um auxílio à navegação, a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) é a Organização Militar responsável por elaborar normas, autorizar a operação e fiscalizar os VTS no País, com a assessoria do Centro de Auxílios à Navegação Almirante Moraes Rego (CAMR).

Mares & Rios

O Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen (foto), recebeu, quarta-feira (12), o Ministro da Defesa, José Múcio, a bordo do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”. O encontro ocorreu durante a LAAD 2023, Feira Internacional de Defesa e Segurança, que aconteceu entre os dias 11 e 14 de abril, no Rio de Janeiro. Na ocasião, discutiram as próximas etapas do processo de retomada da construção naval brasileira.

Também na última quarta-feira, parlamentares, pesquisadores e militares da Marinha se reuniram no Salão Nobre da Câmara dos Deputados no primeiro encontro do ano com os novos integrantes da Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Criada em 2007, a Frente Parlamentar tem como objetivo garantir apoio e levantamento de recursos para o desenvolvimento das pesquisas realizadas na Estação Antártica Comandante Ferraz. Atualmente, a Frente é composta por 203 parlamentares, entre deputados e senadores, e é presidida pelo Deputado Federal José Rocha (União Brasil-BA).

Oficiais brasileiros da Marinha e Exército com oficiais americanos.

O Comando Militar do Norte recebeu uma comitiva do Exército dos Estados Unidos para mais uma conferência de planejamento na categoria Master Scenario Events List (MSEL), que significa fazer o levantamento e desenvolvimento de cenários para o Exercício Combinado CORE 23, que acontecerá em território amazônico em novembro deste ano. O CORE 23 é resultado de um programa de cooperação, assinado entre Brasil e Estados Unidos, que estipula exercícios bilaterais anuais até o ano de 2028. Por meio dessas atividades, as tropas dos dois países compartilham experiências e trocam conhecimentos sobre doutrina e técnicas, táticas e procedimentos de defesa.

As atividades estão divididas nos estados do Pará e Amapá. Na capital paraense, Belém, as equipes de planejamento trataram assuntos relativos a preparação da tropa, a logística, a coordenações táticas, além de ratificar o calendário de reuniões e treinamentos, no Quartel General Integrado. Já na capital amapaense, outra equipe fez o levantamento das áreas que serão realizados os exercícios e verificou a infraestrutura portuária para a chegada do navio americano com materiais para a CORE23.

E na sexta-feira (14), no Comando Militar do Norte, foi realizado um café da manhã surpresa oferecido pelo CMN ao General de Exército Costa Neves, que no próximo dia 20 de abril estará deixando o Comando do CMN para assumir o Comando Militar da Amazônia. Nesta data assumirá o Comando do CMN o General de Exército Luciano Guilherme Cabral Pinheiro. Na foto com o General Costa Neves, o Delegado da ADESG-PA Mario Martins, o vice Delegado Cel Tersi, os Adesguianos Madson e Luiz Pina e o Presidente da AORE Hilton Benigno. No momento, o General Costa Neves confirmou a participação presencial no próximo CEPE como palestrante da ADESG-PA como comandante do CMA.