Brasil e países vizinhos desenvolvem rota para exportações da Amazônia via Pacífico

A expectativa é de que aumente a exportação de mercadorias, como produtos industrializados da Zona Franca de Manaus e itens da bioeconomia, além de melhorar a logística de importações.

O governo brasileiro, em parceria com Equador, Peru e Colômbia, está desenvolvendo rotas que conectam a Amazônia a quatro portos no Oceano Pacífico, como parte de um plano de integração sul-americana.

Uma das rotas principais, conhecida como “Rota 2″, visa ligar Manaus, capital do Amazonas, ao porto de Manta no Equador. Essa rota é multimodal, combinando transporte fluvial pelo Rio Solimões até Puerto Providencia, no Equador, seguido de um trajeto rodoviário até o litoral.

Durante uma visita ao Peru em março, o governo brasileiro recebeu um pedido do ministro dos Transportes do Peru, Raúl Reyes, para incluir os portos de Chancay e Paita na rota. Posteriormente, o ministro dos Transportes da Colômbia, William Camargo, solicitou a inclusão do Porto de Tumaco.

A expectativa é que essas rotas aumentem a exportação de mercadorias, como produtos industrializados da Zona Franca de Manaus e itens da bioeconomia, além de melhorar a logística de importações.

Para impulsionar o plano, o presidente Lula assinou um decreto em 5 de junho criando uma comissão interministerial com doze ministérios para debater o tema.

Para viabilizar essas rotas, são necessárias intervenções logísticas e obras de infraestrutura. No Peru, a principal obra é a conclusão do Porto de Chancay. Na Colômbia, a dragagem do Rio Putumayo é essencial para ligar Santo Antônio do Içá, no Amazonas, a Puerto Asís, na Colômbia.

No Brasil, as intervenções prioritárias incluem a sinalização do Rio Solimões, prevista para conclusão entre o fim de 2024 e início de 2025, e a instalação de aduanas em Tabatinga e Santo Antônio do Içá para facilitar o trânsito de mercadorias.

Por Portal da Navegação, via RealTime1.