Porto de Belém

NAVEGAÇÃO EM FOCO – Porto de Belém desassoreado para a COP 30

Iniciaram-se os estudos para o desassoreamento do Porto de Belém, que recebe anualmente mais de mil embarcações de grande porte com calado inferior a sete metros. Essa capacidade é insuficiente para acomodar os grandes navios dormitórios que se espera durante a COP 30 no próximo ano, os quais possuem calados de 11 metros ou mais. São muitos os problemas a serem resolvidos, como a melhor logística a ser empregada, o destino final do resíduo retirado do fundo da baía do Guajará, e o perigo de desmoronamento da estrutura em concreto e pedra de contenção do porto, que tem mais de cem anos de edificado.
A área portuária começou a ser construída em 1879 pelo empresário americano da Pensilvânia, Percival Farquhar, e concluída em 1906, com o que havia de mais moderno na navegação de cabotagem, exportando madeira, castanha-do-pará, borracha e, posteriormente, minérios. Era um dos maiores e mais modernos do país, administrado pela Cia. Docas do Pará. Com o constante assoreamento da baía, o porto foi perdendo importância, mas resiste até hoje, embora parte dele tenha sido transformada na icônica Estação das Docas e também no Terminal Hidroviário de Passageiros, ambos do Governo do Estado, que almeja mais espaços para desenvolver o setor de turismo de nossa capital.
Mas, até 2025, o porto será destinado à atracação de grandes navios de turismo que irão hospedar milhares de pessoas que virão para a COP 30, complementando assim a insípida rede hoteleira de Belém que não chega a 25 mil leitos. O tempo é pouco, o trabalho é árduo e complicado, mas o Brasil tem tecnologia para executar a abertura do canal que ficará como herança para, quem sabe, a retomada das muitas atividades do velho porto de mais de um século de histórias e progressos.

Luiza Bublitz é a nova presidente da Aliança Navegação

Com uma carreira de mais de duas décadas dedicadas ao setor de logística, Luiza Bublitz (foto) assume a presidência da Aliança Navegação e Logística – empresa da Maersk, pioneira em cabotagem e integração logística nacional. A executiva é reconhecida por seu sucesso comercial e inovação no setor.
Luiza é brasileira, formada em Administração de Empresas pela Universidade Paulista, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV. A executiva iniciou sua jornada no transporte marítimo na própria Aliança, em 2001, embarcando pela primeira vez no mundo da cabotagem.
Dinâmica e comprometida com o desenvolvimento sustentável dos negócios, a executiva acumula vasta experiência em cargos de liderança, tanto no Brasil quanto na Europa. A Aliança possui mais de 1.800 clientes no Brasil, uma frota de cerca de 200 caminhões e 8 navios porta-contêiner, com atuação entre 14 portos brasileiros e parceria com 18 terminais.

MARES & RIOS

MARINHA DO BRASIL

Em cerimônia interna realizada na Combined Maritime Forces (CMF-Bahrain), a Marinha do Brasil assumiu o Comando da Combined Task Force (CTF) 151, Força-Tarefa multinacional de combate à pirataria e que provê proteção ao comércio marítimo global em uma área que abrange o Mar da Arábia, Golfo de Omã, Golfo de Áden, costa da Somália e sul do Mar Vermelho.
O Contra-Almirante Antonio Braz assumiu o Comando da CTF 151 do Comodoro Abdul Munib, da Marinha do Paquistão, em uma missão importante a ser exercida de janeiro a junho deste ano. Essa é a terceira vez que a Marinha do Brasil assume o Comando da CTF 151, agora em um momento muito delicado para a navegação na área, por conta dos ataques piratas e de grupos terroristas contra navios mercantes e militares.

PRATICAGEM

A Zona de Praticagem 01, da Bacia Amazônica, tem em seu quadro de Práticos três mulheres no exercício da função: as Práticas Carla, Cristina e Romena. Na última semana, foi realizada a primeira viagem em que um navio foi conduzido por duas mulheres na função de práticos. Isso ocorreu com o navio Golden Ruby, no trecho Porto Trombetas para Fazendinha (AP), quando o mesmo foi atendido pelas Práticas Cristina e Romena. No registro, o encontro das três Práticas da ZP-01, em Porto Trombetas, Romena e Cristina subiram no Golden Ruby, e Carla baixou no HB Tambaqui.

SOCIAL

PRT Viana, CMG (R) César Machado – Gerente da Manaus Pilots, PRT João Paulo, PRT Bernardes, PRT Rogério

A coluna registra o aniversário do Prático da ZP-02 João Paulo, o decano da praticagem, que na última quarta-feira, dia 17, completou 75 anos de idade bem vividos. O prático João Paulo é uma referência nos serviços de praticagem na Amazônia Ocidental e foi um dos fundadores da PROA Associação de Praticagem, responsável pela implantação da praticagem na região. Hoje, João é prático da Empresa de Praticagem Manaus Pilot, e o evento foi comemorado em família com a presença dos amigos práticos da ZP-02.

DEFESO

Embora esteja proibida a captura de caranguejo durante quinze dias nos meses de janeiro, fevereiro e março, período de defeso, agentes do ICMbio e das Secretarias Municipais de Meio Ambiente têm flagrado pessoas inescrupulosas agindo à noite nos mangais da região. Justamente no momento em que os apreciados crustáceos saem para namorar, acasalando-se e garantindo milhões de caranguejinhos para o futuro, é que tornam-se presas fáceis para essa gente sem noção.
Em nossa costa atlântica devem sair anualmente mais de cem milhões de caranguejos para consumo no Pará e no nordeste do Brasil. Um quilo de caranguejo tirado custa em torno de 70 reais. Bragança, Viseu, Soure e Quatipuru são os maior produtores de caranguejo por terem seus mangues bem conservados. Muitas famílias vivem dessa captura, porém a consciência preservacionista é risível.

PARABÉNS

A coluna expressa seus sinceros parabéns ao prefeito de Soure, Guto Gouvêa, à primeira dama, Clara Lobato, e a toda a população local pelos 165 anos do município. Soure é reconhecida pelos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Marajó.
A cidade se destaca por possuir uma das maiores manadas bubalinas do país, contribuindo para a produção de carne e queijo. Além disso, o setor turístico em Soure está em constante crescimento, gerando emprego, renda e impulsionando o consumo local. O setor pesqueiro também é atuante na região.
Soure ostenta uma renda per capita considerada boa para a realidade marajoara. Isso se deve, em parte, à otimização da mão de obra de artistas locais que produzem as icônicas camisas marajoaras, artigos de couro variados, lindas peças em cerâmica, artesanatos e esculturas de fino acabamento. A cidade exporta uma variedade de produtos, e a recém-inaugurada loja de souvenirs no Terminal Hidroviário de Passageiros destaca essa diversidade, evidenciando a força desse segmento. Parabéns a todos que contribuem para o desenvolvimento e a riqueza cultural de Soure!