O lendário Farol de Salinópolis.

NAVEGAÇÃO EM FOCO – Salinas investe em turismo e educação

Um dos maiores ícones da aprazível cidade de Salinópolis é o velho farol da Marinha do Brasil, construído com aço francês em 1937, no centro da cidade. Seu lampejo alcança a distância de 67 milhas, o que é suficiente para orientar grandes navios que entram e saem pelo canal do Espadarte, que dá acesso aos portos paraenses. Além disso, o farol é de grande utilidade para as embarcações regionais de pesca e transporte.
Mesmo com a disponibilidade de equipamentos modernos e precisos, os navios continuam a utilizar o farol para se orientar na chegada a Salinas, assim como os barcos regionais, que se baseiam na luz do farol para ancorar no porto da cidade, mesmo durante a maré baixa.
O farol de Salinas tem dois irmãos gêmeos, um instalado na Bahia e outro no Rio de Janeiro, que foram montados no mesmo período e ainda estão em funcionamento.
O farol de Salinas utiliza uma lâmpada alógena de 500 watts, instalada no meio de quatro lentes chamadas de “olho de boi”, parecidas com fundo de garrafa. Essas lentes emitem lampejos, como é chamado no jargão popular, ou seja, piscam a cada seis segundos, projetando a luminosidade por cerca de cento e cinquenta quilômetros, conforme informações obtidas junto ao suboficial da Marinha, faroleiro Gilson, encarregado de dar manutenção ao equipamento.

Participação do Corpo de Fuzileiros Navais no Rio Grande do Sul

Comboio chegando ao RS para prestar ajuda humanitário ao Estado.

Desde o último sábado, 11 de maio, encontra-se no Rio Grande do Sul um comboio de veículos do Corpo de Fuzileiros Navais, incluindo dois Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), para prestar ajuda humanitária ao estado, que foi atingido por fortes chuvas e enchentes no final do mês de abril.
Ao todo, dez caminhões e carretas partiram do Rio de Janeiro na quarta-feira, dia 08, transportando retroescavadeira, pá carregadeira, geradores e viaturas leves. Esses veículos serão empregados pelo Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil em ações de resgate, apoio logístico, remoção de escombros e desobstrução de vias.
A Marinha do Brasil mobilizou cerca de dois mil militares, 70 viaturas, 11 aeronaves e 50 embarcações de pequeno e médio porte para minimizar os impactos da catástrofe e colaborar com as autoridades e a população local, desde o final do mês passado. Além disso, enviou oito navios para o Rio Grande do Sul, incluindo o maior navio de guerra da Força Naval, o navio-aeródromo multipropósito (NAM) Atlântico (A140), que também chegou à região no último sábado. Essas ações contribuirão para ampliar a capacidade de atuação da Marinha do Brasil no estado, no contexto da Operação Taquari II.
Os CLAnf são uma importante ferramenta de mobilidade e suporte do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. Com capacidade de operar tanto em terra como na água, esses veículos são essenciais para as operações navais e terrestres dos fuzileiros, principalmente em operações que envolvem o desembarque anfíbio, quando os Fuzileiros Navais saem dos navios para desembarcar em uma praia. No mar, podem transpor arrebentações de até três metros e se deslocar com velocidades de até 13 km/h, podendo alcançar 72 km/h quando em terra. Com autonomia de sete horas navegando e 321 km em terra, eles contam com sistemas especiais para estabilidade e deslocamento, tornando-os altamente versáteis em diferentes ambientes.

MARES & RIOS

SOLIDARIEDADE

Em meio à comoção pelas inundações que assolaram o Rio Grande do Sul, um grupo de 85 amigos (foto), residentes em Porto Alegre, que praticam esportes juntos em uma arena de futevôlei da capital, a CFC Humaitá, se uniu em uma corrente de solidariedade. Movidos pelo desejo de ajudar, eles estão utilizando a cozinha industrial de um buffet infantil emprestada pela família de um dos membros do grupo para cozinhar. Dia após dia, eles preparam cerca de 900 marmitas para levar conforto e alimento às vítimas da tragédia. Ao todo, já foram entregues mais de 4.500 marmitas.
O grupo se organizou em turnos da manhã, tarde e noite para garantir a produção. Além de cozinhar, eles também organizaram a logística de entrega para levar as marmitas aos locais mais necessitados. Parte da produção é destinada ao Exército, que, com a ajuda de helicópteros, distribui os alimentos em áreas de difícil acesso, como a cidade de Eldorado. Além das marmitas, o grupo também arrecada doações com foco em animais, como coleiras, vermífugos, rações, medicamentos, entre outras necessidades para os pets.

ESPORTE

O Colégio Tenente Rego Barros voltou a ser referência dentro e fora das salas de aula. Sob a direção do coronel intendente Christiano Pinto Marçal, a instituição participou dos Jogos Estudantis Paraenses e conquistou medalha de ouro na natação, nas modalidades de cinquenta, cem e duzentos metros no nado de costas, com o estudante-atleta José Thiago (foto).

VISITA

O Comando Militar do Norte recebeu um oficial que é um verdadeiro diplomata. O General de Brigada, Santana Neto, atual Chefe do Estado Maior do CMN, incentivado pelo Comandante Geral de Exército Guilherme, fez uma visita de cortesia na semana passada ao Desembargador Mairton Carneiro. Santana Neto vem sendo conhecido no Pará como um “gentleman de farda”. Na foto: O general Santana Netto ao lado do ouvidor agrário do TJE-PÁ, Desembargador Mairton Carneiro.

AEROPORTO

O aeroporto de Salinas já possui iluminação noturna, mas ainda falta a homologação da ANAC para operar o sistema. A pista, com 1.600 metros, tem capacidade para pouso e decolagem de aeronaves com até 30 passageiros. Para aviões maiores, será necessário um novo recapeamento capaz de suportar um peso maior. Essa obra deverá ser concluída em 2025, com a realização da COP 30, quando Salinas poderá ser uma cidade dormitório do evento.

LAGUINHO

O famoso laguinho da Coca-Cola continua sendo uma grande atração turística de Salinas, com suas águas negras rodeadas de areia branca. O espaço pode ser alcançado através das dunas de areia, de quadriciclos ou buggies. Os moradores fazem campanha para que os turistas recolham seu lixo, mas nem sempre funciona.