Porto de Chibatão o maior porto privado da América Latina

NAVEGAÇÃO EM FOCO – Proxima seca do Rio Amazonas

O hemisfério sul está sob o domínio do fenômeno climático El Niño, que consiste no aquecimento do Oceano Pacífico na linha do equador e vem provocando uma diminuição das chuvas, segundo o relatório da Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA – EUA). Esse fenômeno climático está transformando significativamente a navegação no Rio Amazonas, ocasionando uma seca extremamente severa em praticamente todos os rios da bacia amazônica, como a registrada em 2023.
Para este ano de 2024, as previsões não são nada otimistas. Antecipando a situação grave que ocorreu em 2023, onde o tráfego de navios para Manaus (AM) acima da cidade de Itacoatiara (AM), já na ZP-02, que compreende o trecho Itacoatiara/Manaus, sofreu grandes dificuldades, principalmente no trecho da Foz do Rio Madeira e Passagem do Taboca, que chegou a interromper o tráfego de navios.
A Cooperativa de Apoio Logístico, que congrega os práticos da ZP-01, através do seu Conselho Técnico (departamento de hidrografia que vem garantindo que os navios operem com seus calados máximos na sua Zona de Praticagem até Itacoatiara (AM) inclusive no período de seca do Rio Amazonas), esteve reunida na semana passada com operadores portuários que representam os maiores fluxos de carga para Manaus (AM), como os Terminais do Chibatão, Super Terminais e a Autoridade Marítima (AM). Juntos, em um esforço conjunto, apresentarão soluções viáveis e seguras para que o tráfego de navios mercantes e a logística do setor não sofram qualquer paralisação que possa trazer impactos para a economia local.
Espera-se que órgãos governamentais envolvidos, principalmente a Receita Federal, também participem deste esforço em prol da região Norte do país, garantindo a competitividade e o fluxo de carga do setor.

Belém terá de volta as Matinês do Olympia.

O Cinema Olympia, atualmente denominado Espaço Municipal Cine Olympia

O cinema mais antigo da América Latina, o Olympia, situado no bairro da Campina e que completa 112 anos, está passando por um completo restauro de engenharia e modernos equipamentos. Novos banheiros, acessibilidade universal, novos sistemas de ar condicionado e contra incêndio, além de alta tecnologia em sonoridade e projeção de imagens.
As 500 poltronas, originais da Europa, passam por reformas para oferecer mais conforto, e suas linhas arquitetônicas neoclássicas, que eram símbolos da belle époque, estão todas mantidas, com luminárias francesas e o piso em mármore e lajotas portuguesas. Um luxo só.
No auge do ciclo da borracha, o cine Olympia fazia parte do triângulo mais chique de Belém, composto pelo Theatro da Paz, o Grande Hotel e o cinema, onde os casais iam assistir filmes mudos com orquestras executando a trilha sonora conforme o momento do filme. Charlie Chaplin, o irreverente Carlitos, embalava os amores e os “namoricos” da época. Somente em novembro de 1930 surgiria o filme falado, e com ele a instalação de grandes ventiladores de parede, a fim de amenizar o excessivo calor da sala fechada.
Ao completar 112 anos, o cinema Olympia, que hoje pertence ao poder público, voltará a abrir suas portas, mantendo a tradição da sétima arte viva em nossos corações e mentes.

MARES & RIOS

PRAIA

A Associação dos Barraqueiros, Bares, Restaurantes e Similares de Salinópolis reúne-se no próximo dia 10 para uma Audiência Pública, agendada pelo presidente da Câmara, Argeu Neto, a fim de discutir a decisão do Governo do Estado de desocupar parte das barracas da praia do Atalaia para obras de infraestrutura, sem ouvir as partes interessadas. A reunião será no Ginásio de Esporte Zeca Faustino às 17h.

TEM QUE MELHORAR

As viagens de travessia de Belém ao Marajó, tanto de ferry boat quanto de lancha, têm sido rápidas, seguras e confortáveis. O mesmo não se pode dizer do trecho rodoviário do porto Camará até Salvaterra e Soure, na rodovia PA 154. Veículos velhos e obsoletos, falta de organização no embarque e desembarque, passageiros que não conseguem transporte imediato, e a falta de controle dos órgãos do estado estressam turistas e moradores.

VIAGEM

Luiz Omar e CLC Maurício Soares

Acabei de desembarcar de mais uma viagem no Rio Amazonas, na função de Prático, no trecho Fazendinha (AP) / Itacoatiara (AM), a bordo do navio “NC Bravo”, de propriedade da nova Empresa Brasileira de Navegação de Cabotagem – Norcoast, onde tive a oportunidade de rever um grande amigo, o CLC Maurício Soares, que estava no comando do navio. Conheci Maurício ainda na função de primeiro Oficial de Náutica em viagem no Rio Amazonas a bordo do navio FROTA SINGAPORE, da extinta Empresa Frota Oceânica, isto no ano de 1992. Foi muito bom poder conversar novamente com este querido amigo.

TRISTEZA

O colunista lamenta muito o falecimento do grande compositor e cantor paraense Tonny Brasil (foto), que foi muito importante na divulgação do nosso melhor ritmo regional, o Brega. Tonny foi autor de vários sucessos ligados ao ritmo. Ficará a lembrança e a saudade que sempre será grande. Ainda tenho na lembrança as noites de quinta-feira de brega, realizadas no bar Trapiche, onde Lene Bandeira e Coronel Osvaldo, proprietários, reuniam vários cantores de brega e a sociedade paraense participava em grande número. Tonny era o mestre de cerimônia. Muito obrigado, Tonny, por tudo que você fez pela música do nosso estado, especialmente pelo nosso brega.

MARINHA

Após 20 dias de trabalho de recuperação, a Marinha do Brasil realizou, no último sábado, a entrega da Escola Municipal Santa Rita de Cássia, a maior unidade de educação de Guaíba (RS), que foi destruída pelas fortes chuvas e enchentes no sul do país.
Com o apoio de mais de 40 Fuzileiros Navais, cerca de 1,7 mil alunos vão retornar às salas de aula nas próximas semanas, de acordo com a direção da escola. A ação soma-se aos esforços que a Marinha tem realizado, no âmbito da Operação “Taquari 2”, com foco na reconstrução do estado, contribuindo para a retomada da normalidade na região. A cerimônia de entrega contou com a presença dos colaboradores da escola, alunos, familiares e autoridades locais, além de militares que ajudaram na reconstrução.